* GARRANCHA (Foto), "O Gênio das Pernas Tortas", "Alegria do Povo" com o REI PELÉ.
Um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos - para alguns especialistas, ainda mais encantador do que PELÉ - GARRINCHA morria há 25 anos no Rio de Janeiro, derrotado pelo alcoolismo. Por isso, rendemos homenagem ao símbolo do futebol-arte, que encantou pessoas em todos os cantos do mundo.
GARRINCHA foi um dos maiores ídolos da história do Botafogo, clube pelo qual atuou por 12 anos e conquistou três Campeonatos Cariocas e dois Torneios Rio - São Paulo, e da Seleção Brasileira, quando foi bicampeão do mundo em 1958, na Suécia e 1962, no Chile.
Apelidos foram vários: "Anjo das Pernas Tortas", numa poesia de Vinícius de Morais; e "Alegria do Povo", expressão eternizada na Copa do Mundo de 1962. Por sinal, Garrincha foi um apelido dado pela irmã, em alusão a um passarinho comum em Petrópolis, próximo de sua terra natal, Pau Grande, distrito de Magé (RJ).
Neste espaço, o internauta pode conferir um pouco mais da história do craque, alguns números de sua encantadora carreira, os gramados nos quais desfilou sua categoria, fotos do ídolo, depoimentos de personagens do futebol e um histórico do ponta-direita no Botafogo e na Seleção.
BOTAFOGO: Após ser negado em testes no Flamengo e Fluminense - foi chamado inclusive de aleijado pelo técnico Gentil Cardoso, por ter uma perna oito centímetros menor do que a outra, GARRINCHA foi visto por Arati, ex-lateral do Botafogo, e levado ao clube para realizar testes.
Nílton Santos, na ocasião um já experiente lateral-esquerdo, levou um baile de GARRINCHA e exigiu sua contratação - Pedido prontamente atendido. Especula-se que o Botafogo tenha pagado cerca de US$ 27 dólares - cerca de R$ 50 - para trazer o que se tornaria um dos principais jogadores do futebol mundial.
GARRINCHA atuou no Botafogo entre 1953 e 1965. Logo na estréia, marcou dois gols na vitória de 6 a 3 sobre o Bonsucesso. Foi Campeão Carioca em 1957, 1961 e 1962, do Torneio Rio - São Paulo em 1962 e 1964, além de ter conquistado outros títulos internacionais de menor expressão. Fez 252 gols em 609 partidas e é apontado até hoje como o maior jogador de todos os tempos do Botafogo de Futebol e Regatas, base da Seleção Brasileira nas Copas de 1958 e 1962 e figurinha importante de algumas das principais equipes de futebol da história.
GARRINCHA, UM ÍDOLO ETERNO: Morte de Mané completa hoje 26 anos. Mas não tem como esquecer do craque.
20 de janeiro de 2008: Faz dois meses que uma dessas entidades que cuidam de estatísticas deixou GARRINCHA fora de uma relação dos 100 maiores jogadores da história. A lista foi elaborada de acordo com números obtidos ao longo das carreiras de cada um. E os dados de Mané, segundo a entidade, não eram suficientes para preencher requisitos necessários. É evidente que os números são importantes. Mas não esclarecem tudo. Pois futebol é, sobretudo, improviso e talento, e nisso, não deve restar nenhuma dúvida, o gênio das pernas tortas foi mestre. Há quem ouse dizer que Mané era rebelde à táticas de treinadores, avesso, às vezes, à objetividade e que não teria nos dias de hoje espaccedil; o para pôr em prática seu inesgot ável repertório, especialmente dribles que enlouqueciam cada qual de um jeito marcadores e público.A esses, Mané, de onde estiver, lembra das duas Copas que conquistou, com efetiva participação. A nossa memória, que é péssima, praticamente não deixou registro da sua arte, o que ajuda a alimentar essas bobagens e a diminuir, aos olhos dos mais jovens, a importância do grande craque. Houve um dado momento em que os adversários imaginaram que poderiam dominá-lo.
Em 1958,os russos prometeram um "futebol científico", que se existia de fato caiu por terra em cinco minutos.
Em 1962, os tchecos tiveram a certeza que bastariam dois ou três marcadores se revezando no seu encalço para anulá-lo, e a estratégia tombou em duas ou três escapadas, revelando-se um desastre quando os demais setores do campo ficaram desguarnecidos.
No Chile, ao vê-lo derrubar todos obstáculos, um jornalista, sem outra explicação, lançou a pergunta de que planeta vem GARRINCHA? que segue sem calar um quarto de século após a morte do craque.
A tal entidade pisou na bola ao esquecer que futebol é, sobretudo, emoção. Pois Mané será sempre eterno no nosso cotidiano.
* Roberto Assaf: Colunista do Diário LANCE!
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