* MILÉSIMO GOL do "REI PELÉ", completa 40 ANOS - 19/11/2009 (Quinta Feira)
Na noite de 19 de novembro de 1969, uma quarta-feira, SANTOS e VASCO se enfrentavam pela TAÇA DE PRATA no Maracanã.
O jogo estava empatado: BENETTI abriu o placar para o time cruzmaltino aos 17 minutos de jogo, RENÊ, contra, igualou o marcador aos dez do segundo tempo.
Aos 34 minutos da etapa final, PELÉ caiu na área do VASCO após um choque com o zagueiro FERNANDO. O pernambucano Manoel Amaro de Lima não teve dúvidas: marcou PÊNALTI. O que se viu depois foi um dos momentos mais comentados na história do nosso futebol, talvez mais lembrado que o Dia da Bandeira: O MILÉSIMO GOL DE PELÉ, há exatamente 40 ANOS.
O maior estádio do mundo estava lotado, na expectativa pelo tão esperado GOL MIL.
De fato, o SANTOS soube explorar muito bem a proximidade deste evento: o clube fazia excursões pelo norte e nordeste do país, sempre com o estádio lotado. PELÉ só parou quando fez o 999º GOL, à espera de um cenário à altura. E ele surgiu, aliás, melhor cenário impossível: além do palco da festa, o goleiro do VASCO DA GAMA era ANDRADA, argentino de Rosário. Parecia mesmo programado, afinal, entre os mais de 100 mil torcedores (cerca de 65 mil pagantes), imprensa, convidados e autoridades oficiais estavam presentes no Maracanã.
No instante do PÊNALTI, a torcida gritava “PELÉ, PELÉ...”.
E lá foi PELÉ cobrar o PÊNALTI. Todos os jogadores do SANTOS ficaram na linha do meio campo – isso sim já estava combinado: quando PELÉ fizesse o MILÉSIMO GOL, o jogador correria até o meio do campo para abraçá-los.
“O jogo parado, o estádio inteiro calado. EU, A BOLA E O ANDRADA. Naquela hora tive um terrível medo de falhar. Fiquei nervoso. Sabia que todos esperavam o gol. Pouca gente viu, mas fiz o sinal da cruz antes de cobrar o PÊNALTI”, diz o próprio REI, em um de seus depoimentos sobre o dia histórico.
PELÉ partiu em direção à bola, deu a tradicional paradinha e chutou forte, no canto esquerdo, exatamente às 23h23. O goleiro ANDRADA caiu muito bem, até chegou a tocar na bola, mas não evitou o gol. Em entrevista ao jornal A Gazeta Esportiva, o goleiro disse que era sua obrigação defender aquele pênalti. “Naquele dia eu enfrentei o mundo. Em campo, não dava para escutar nem a respiração dos torcedores. Até a torcida do VASCO torceu contra mim”.BOLA NA REDE, fato consumado. BOLA DO JOGO (Foto). Enquanto o primeiro jogador profissional a marcar mil gols na história do futebol buscava a bola e a beijava, no intuito de correr em direção aos companheiros, dezenas de jornalistas invadiram o campo, cercando-o de câmeras e microfones. O primeiro depoimento, emocionado, foi dado ao repórter Geraldo Blota da Rádio Gazeta: “dedico este gol às criancinhas do Brasil”. O goleiro santista Agnaldo, que estava no meio do campo, correu em direção à PELÉ, engatinhou entre tantas pernas e levantou o REI em seus ombros. UMA FESTA INESQUECÍVEL.
Há controvérsias – A data entrou definitivamente para a história, mas até hoje discute-se a respeito da verdadeira data do MILÉSIMO GOL de PELÉ. De acordo com as contas do jornalista Thomaz Mazzoni, historiador da vida do REI, o gol teria acontecido cinco dias antes, na vitória do Santos sobre o Santa Cruz por 4 a 0 – PELÉ marcou dois e o terceiro teria sido o milésimo. A manchete de A Gazeta Esportiva do dia 13 foi “RECIFE aplaudiu o 1000º gol de PELÉ”. Mazzoni havia computado um gol de PELÉ sobre o Paraguai, pela Seleção Militar, no Sul-americano de 1959. Uma semana mais tarde, embora continuasse sustentando a versão de Mazzoni, A Gazeta Esportiva anunciou novamente o MILÉSIMO GOL.Outro jornalista e pesquisador que levantou a suspeita foi De Vaney, que na época trabalhava no jornal A Tribuna, de Santos. Para ele, PELÉ estava se deixando levar por interesses comerciais, já que entre o gol 998, no Nordeste, e o milésimo, houve uma verdadeira novela “O milésimo gol foi preparado para ser feito no Maracanã”, dizia. A polêmica voltou em 1995, quando a Folha de S. Paulo também refez a contagem e concluiu que o MILÉSIMO GOL aconteceu em 14 de novembro daquele ano, num amistoso contra o BOTAFOGO da Paraíba – jogo em que a imprensa e a diretoria do SANTOS haviam prometido que não iria acontecer.
Contestações à parte, a consagração do Maracanã, responsável por uma repercussão em jornais de todo o mundo - tão grande quanto a ida do homem à Lua naquele mesmo ano, imortalizou o feito de PELÉ.
FICHA TÉCNICAData: 19 de Novembro de 1969
Local: Estádio do Maracanã
Árbitro: Manoel Amaro de Lima
SANTOS 2 x 1 VASCO DA GAMA
Gols: Santos: PELÉ (pênalti) e Renê (contra)/ Vasco: Benetti
SANTOS: Aguinaldo; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Djalma Dias (Joel Camargo) e Rildo; Clodoaldo, Lima, Manoel Maria e Edu; PELÉ (Jair Bala) e Abel.
VASCO DA GAMA: Andrada; Fidélis, Moacir, Fernando e Eberval; Bougleaux, Renê, Acelino (Raimundinho) e Adílson; Benetti e Danilo Menezes (Silvinho).
* PELÉ GAROTO, ainda na escola...Quem diria que seria o REI DO FUTEBOL e faria 1000 GOLS na sua brilhante carreira - O ATLETA DO SÉCULO.
"Este time, o SANTOS F. C., na era "PELÉ", assombrou o mundo com um futebol de grande classe. Na Europa, África, Ásia e Américas, o SANTOS sempre deu espectáculo. Aqui é lembrança de um jogo na África, no Zaire, contra uma seleção local. DE PÉ: Lima, Zito, Joel, Haroldo, Geraldino, Gilmar e o Orlando Duarte - AGACHADOS: Na mesma ordem, da esquerda para a direita, Dorval, Mengálvio, Toninho, PELÉ e Pepe."
LG (14/11/2009)
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