Entrevista
Relembre Marquinhos Capivara, campeão estadual por Ceará e Fortaleza
Os torcedores mais saudosos de Ceará e Fortaleza,
que não perdiam a uma partida durante o final dos anos 80 e começo dos anos 90, certamente se lembram de Marcos Tadeu Rocha de Oliveira, mais conhecido como Marquinhos Capivara. Meia habilidoso, exímio cobrador de faltas e escanteio, o ex-jogador defendeu nada menos que 26 clubes durante a carreira.
Começou a carreira em 1976 pelo modesto Atlético de Taquaritinga (SP), passando depois por Ferroviária, Inter de Limeira, Internacional-RS, Botafogo-RJ, São Bento, Londrina, Hamburgo, Bangu, Guarany de Sobral, Calouros do Ar, Tiradentes, Ferroviário, futebol da Bélgica, entre muitos outros.
Hoje aos 56 anos e aposentado dos campos, ele lembra em entrevista ao Jangadeiro Esporte Clube sobre a saudade dos tempos em que jogava: “A gente sempre sente aquela falta de participar de competições, como Campeonato Cearense, Campeonato Brasileiro. Infelizmente a vida vai passando, a idade vai batendo e não temos como dar sequencia à profissão”.
Mas foi nos dois maiores clubes da capital cearense onde Marquinhos Capivara se consagrou. Foi três vezes campeão Estadual pelo Ceará, com direito a grandes atuações e a braçadeira de capitão. Pelo Fortaleza, levantou a taça do Campeonato Cearense de 1991, cuja final ficou marcada por muita confusão e pancadaria no final. Ele, alheio às polêmicas, marcou o seu golzinho naquele jogo.
Mas quando perguntado sobre os momentos marcantes da carreira, ele cita um Clássico-Rei que foi preliminar de uma partida da seleção brasileira, no estádio Castelão: “O Ceará venceu a equipe do Fortaleza e, em um momento, estava o Zagallo observando os atletas e eu tive a oportunidade de ser comentado por ele. Assim como o meu amigo Raí, que na época estava na seleção. Ele perguntou a minha idade e, para a minha infelicidade, eu já tinha 35 anos. E a resposta do Zagallo foi ‘que pena, um grande atleta já está com a idade avançada’. Então, não tive a oportunidade de servir a seleção”.
Depois que pendurou as chuteiras, Marquinhos Capivara continua morando em Fortaleza, virou empresário e tenta carreira na política. Mas ele não esqueceu as origens e é voluntário do projeto “Faça de uma criança de rua um cidadão de amanhã”, no jardim Castelão, ensinando futebol para jovens que sonham em um dia alcançar o lugar ao sol. “É uma sequencia daquilo que fomos como profissionais. Principalmente para mim que tive um começo de carreira difícil, vindo de famílias pobre. Isso pra mim é um orgulho poder estar ensinando essas crianças”, fala o ex-jogador.
Por Thiago Sampaio - Da Redação às 10:59 de 11/10/2012
Atualizada às 11:24
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