RECORDAR É VIVER

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

NÍLTON SANTOS - Curiosidades

* Quadro de GERCHMAN em HOMENAGEM a NÍLTON SANTOS.

CURIOSIDADES sobre NÍLTON SANTOS. - Pela Seleção Brasileira, fez 82 partidas e 3 gols.

- Pelo Botafogo de Futebol e Regatas, seu único clube, fez 729 partidas e 11 gols.

- Estreou pela Seleção Brasileira em 17 de abril de 1949 na vitória de 5 a 0 sobre a Colômbia e despediu-se na final da Copa de 1962, em Santiago, com a vitória de 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia.

- Estreou no Botafogo em 21 de março de 1948 na derrota de 2 a 1 para o América-MG e encerrou a carreira em 16 de dezembro de 1964 na vitória de 1 a 0 sobre o Bahia.

- Exemplo maior de identificação com um clube no futebol brasileiro, Nilton Santos vestiu apenas a camisa do Botafogo (por mais de 16 anos).

- Treinou pela primeira vez como atacante e foi mandado para a defesa pelo lendário dirigente Carlito Rocha. Lá se tornou o maior Lateral-esquerdo da história do futebol.

- Em 1998, foi eleito para a seleção do século por jornalistas do mundo inteiro.

- Em um amistoso na cidade do México: Botafogo x River Plate. Nestor Rossi, o maestro da seleção Argentina, chamou o lateral do River e aconselhou:

- Quer melhorar teu futebol? Então faz o seguinte: "Aquele ali é o Nilton Santos, beque esquerdo como você. Vai lá perto, disfarça e passa a mão na perna dele. Só isso. Passa a mão que naqueles pés está o futebol de todos os beques do mundo".

- Na Copa de 58, ignorou os pedidos do técnico Vicente Feola para que ficasse na defesa e foi ao ataque, marcando o segundo gol do Brasil no jogo contra a Áustria (3 a 0), após tabelar com Mazola.

- Na Copa de 50 no Brasil, foi reserva e um dos únicos a se manter na seleção após o desastre do Maracanã.

- Copa de 62, no Chile: Espanha já vencia por 1 x 0 quando o ponta Collar investiu contra Nílton Santos pela direita e foi derrubado dentro da área. Nílton, rapidamente, deu um passinho para fora, levantou os braços e o juiz chileno S. Bustamante entrou na dele. Marcou falta fora da área. Um pênalti que poderia ter mudado a história da Copa, porque foi desse lance que o Brasil partiu para virar o jogo em 2 a 1.

- Nilton Santos escolheu um clássico contra o Flamengo, a 13 de dezembro de 1964, para a despedida. O Maracanã estava lotado e Níltons Santos recebeu a mais longa salva de palmas que se conhece no futebol brasileiro. Um adeus como convém aos ídolos.

FRASES - Confira aqui algumas FRASES sobre NÍLTON SANTOS.

"Se eu e Nilton estivéssemos no Mundial da Inglaterra, não haveria aquele fiasco.
Aquela gente ia ver quem tinha gasolina no tanque".
(Didi, ex-meia da Seleção Brasileira, sobre Nílton Santos e a Copa de 66)

"Nos dias em que o tempo ficava nublado os companheiros
perguntavam como eu ia me virar."
(Nílton Santos, ex-lateral-esquerdo do Botafogo e da Seleção Brasileira,
sobre sua tática de marcar os atacantes com a ajuda do Sol)

"Naquele tempo, lateral que passasse do meio do campo era considerado maluco."
(Nílton Santos, ex-lateral-esquerdo do Botafogo e
da Seleção Brasileira, sobre as décadas de 40 e 50)

"Nílton Santos foi chamado de "A Enciclopédia".
Se, um dia, eu chegar a Dicionário, já me darei por muito feliz."
(Júnior, ex-lateral-esquerdo do Flamengo
e da Seleção Brasileira)

"Ele me deu um baile. Pedi que o contratassem e o
pusessem entre os titulares. Eu não queria enfrentá-lo de novo."
(Nílton Santos, maior lateral-esquerdo da história do Brasil
e do Botafogo, sobre Garrincha)

"Rossi se esqueceu de dizer que eu sempre joguei junto com
Garrincha. Contra ele, só no primeiro treino no Botafogo.
Pedi que o contratassem. Graças a Deus, fui atendido."
(Nílton Santos, em resposta a Nestor Rossi)

"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto!"
Eras um só, Nilton Santos"
(Armando Nogueira, poema dedicado ao amigo Nilton Santos)

* Fonte: Site Nilton Santos

NÍLTON SANTOS - Enciclopédia

NILTON SANTOS - BIOGRAFIA

"Me dizem que eu ganharia muito dinheiro jogando pela esquerda, atualmente,
mas eu não invejo isso, o que eu invejo, é a liberdade que os laterais tem hoje em dia"

Palavras de Nilton Santos

* NÍLTON SANTOS (Foto) - ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL.

- Nasce no dia 16 de maio de 1925, às 19 horas, a Enciclopédia do Futebol. O primeiro dos sete filhos de "seu" Pedro e sua esposa Josélia.
O lugar era um bairro pobre da Ilha do Governador - RJ, Estrada de Fleixeiras, número 12. Uma casa como todas as outras do lugar, pobre, sem luz e sem conforto. Este bairro que hoje deu lugar ao Aeroporto Internacional do Galeão.

HISTÓRIA
NÍLTON SANTOS
jogou em quase todas as posições da defesa do Botafogo, mas foi na lateral-esquerda da Seleção Brasileira, onde permaneceu titular absoluto de 1951 a 1962, que conquistou o título de bicampeão mundial (1958 e 1962). Foi jogador de um equilíbrio extraordinário e no início da carreira, no Fleicheiras, da Ilha do Governador, gostava de jogar de meia-esquerda. Craque que nasceu com alma de atacante, acabou glorificado pela arte de evitar gols. O senso de equilíbrio, a classe, a elegância, a segurança que dava ao Botafogo e a à Seleção Brasileira consagraram-no como a Enciclopédia do Futebol.

Com NÍLTON SANTOS surgia no Botafogo um lateral que tinha a estranha mania de atacar, chutar a gol e até marcar. Sua categoria levou-o à Seleção Brasileira em 1949 para disputar o Sul-Americano e a Copa Rio-Branco. Flávio Costa, que gostava de beques duros e viris, deixou NÍLTON SANTOS na reserva na Copa do Mundo de 1950, no Brasil. Mas ele foi campeão do Pan-Americano de

1952, no Chile e do Sul-Americano de 1953, em Lima. No ano seguinte, foi titular da Seleção na Copa do Mundo na Suíça, sob a direção de Zezé Moreira.

* NÍLTON SANTOS e PELÉ, Copa do Mundo de 1958.

Em 1958, saiu do Rio de Janeiro como reserva do gaúcho Oreco e voltou da Suécia campeão mundial. Em sua estéria, quase levou o técnico Vicente Feola à loucura por avançar, tabelar com Mazola e marcar o segundo gol na vitória de 3x0. Foi campeão carioca de 1957, 61 e 62, e Brasileiro de Seleções em 1951. Na copa do mundo de 1962, jogou de lateral-esquerdo, mas já no Botafogo atuava de quarto-zagueiro.

Um dia, em 1964, jogava contra o Vasco e reparou num zagueiro forte, que esbanjava saúde. Quis saber quem era e ficou assustado: "Brito, filho do Leonídio Ruas? Meu companheiro de peladas no Fleicheiras? Tá na hora de parar". Escolheu um clássico contra o Flamengo, a 13 de dezembro de 1964, para a despedida. O maracanã estava lotado e NÍLTON SANTOS recebeu a mais longa salva de palmas que se conhece no futebol brasileiro. O Flamengo era o grande rival e mais uma vez ele foi vitorioso: uma jogada sua terminou nos pés do juvenil Roberto Miranda, que definiu a vitória de 1x0. Um adeus como convém aos ídolos.

Naquele dia, o esporte brasileiro perdia o futebol mágico, do melhor, lateral-esquerdo que o futebol já conheceu. Um lateral com vocação pelo gol e que sabia como evitá-lo. Perdia assim a ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL.

* Fonte: Site "Nilton Santos"