RECORDAR É VIVER

sábado, 14 de novembro de 2009

GOL 1000 - 40 ANOS

* MILÉSIMO GOL do "REI PELÉ", completa 40 ANOS - 19/11/2009 (Quinta Feira)
Na noite de 19 de novembro de 1969, uma quarta-feira, SANTOS e VASCO se enfrentavam pela TAÇA DE PRATA no Maracanã.

O jogo estava empatado: BENETTI abriu o placar para o time cruzmaltino aos 17 minutos de jogo, RENÊ, contra, igualou o marcador aos dez do segundo tempo.

Aos 34 minutos da etapa final, PELÉ caiu na área do VASCO após um choque com o zagueiro FERNANDO. O pernambucano Manoel Amaro de Lima não teve dúvidas: marcou PÊNALTI. O que se viu depois foi um dos momentos mais comentados na história do nosso futebol, talvez mais lembrado que o Dia da Bandeira: O MILÉSIMO GOL DE PELÉ, há exatamente 40 ANOS.

O maior estádio do mundo estava lotado, na expectativa pelo tão esperado GOL MIL.
De fato, o SANTOS soube explorar muito bem a proximidade deste evento: o clube fazia excursões pelo norte e nordeste do país, sempre com o estádio lotado. PELÉ só parou quando fez o 999º GOL, à espera de um cenário à altura. E ele surgiu, aliás, melhor cenário impossível: além do palco da festa, o goleiro do VASCO DA GAMA era ANDRADA, argentino de Rosário. Parecia mesmo programado, afinal, entre os mais de 100 mil torcedores (cerca de 65 mil pagantes), imprensa, convidados e autoridades oficiais estavam presentes no Maracanã.

No instante do PÊNALTI, a torcida gritava “PELÉ, PELÉ...”.
E lá foi PELÉ cobrar o PÊNALTI. Todos os jogadores do SANTOS ficaram na linha do meio campo – isso sim já estava combinado: quando PELÉ fizesse o MILÉSIMO GOL, o jogador correria até o meio do campo para abraçá-los.

“O jogo parado, o estádio inteiro calado. EU, A BOLA E O ANDRADA. Naquela hora tive um terrível medo de falhar. Fiquei nervoso. Sabia que todos esperavam o gol. Pouca gente viu, mas fiz o sinal da cruz antes de cobrar o PÊNALTI”, diz o próprio REI, em um de seus depoimentos sobre o dia histórico.
PELÉ partiu em direção à bola, deu a tradicional paradinha e chutou forte, no canto esquerdo, exatamente às 23h23. O goleiro ANDRADA caiu muito bem, até chegou a tocar na bola, mas não evitou o gol. Em entrevista ao jornal A Gazeta Esportiva, o goleiro disse que era sua obrigação defender aquele pênalti. “Naquele dia eu enfrentei o mundo. Em campo, não dava para escutar nem a respiração dos torcedores. Até a torcida do VASCO torceu contra mim”.BOLA NA REDE, fato consumado. BOLA DO JOGO (Foto). Enquanto o primeiro jogador profissional a marcar mil gols na história do futebol buscava a bola e a beijava, no intuito de correr em direção aos companheiros, dezenas de jornalistas invadiram o campo, cercando-o de câmeras e microfones. O primeiro depoimento, emocionado, foi dado ao repórter Geraldo Blota da Rádio Gazeta: “dedico este gol às criancinhas do Brasil”. O goleiro santista Agnaldo, que estava no meio do campo, correu em direção à PELÉ, engatinhou entre tantas pernas e levantou o REI em seus ombros. UMA FESTA INESQUECÍVEL.
Há controvérsias – A data entrou definitivamente para a história, mas até hoje discute-se a respeito da verdadeira data do MILÉSIMO GOL de PELÉ. De acordo com as contas do jornalista Thomaz Mazzoni, historiador da vida do REI, o gol teria acontecido cinco dias antes, na vitória do Santos sobre o Santa Cruz por 4 a 0 – PELÉ marcou dois e o terceiro teria sido o milésimo. A manchete de A Gazeta Esportiva do dia 13 foi “RECIFE aplaudiu o 1000º gol de PELÉ”. Mazzoni havia computado um gol de PELÉ sobre o Paraguai, pela Seleção Militar, no Sul-americano de 1959. Uma semana mais tarde, embora continuasse sustentando a versão de Mazzoni, A Gazeta Esportiva anunciou novamente o MILÉSIMO GOL.Outro jornalista e pesquisador que levantou a suspeita foi De Vaney, que na época trabalhava no jornal A Tribuna, de Santos. Para ele, PELÉ estava se deixando levar por interesses comerciais, já que entre o gol 998, no Nordeste, e o milésimo, houve uma verdadeira novela “O milésimo gol foi preparado para ser feito no Maracanã”, dizia. A polêmica voltou em 1995, quando a Folha de S. Paulo também refez a contagem e concluiu que o MILÉSIMO GOL aconteceu em 14 de novembro daquele ano, num amistoso contra o BOTAFOGO da Paraíba – jogo em que a imprensa e a diretoria do SANTOS haviam prometido que não iria acontecer.

Contestações à parte, a consagração do Maracanã, responsável por uma repercussão em jornais de todo o mundo - tão grande quanto a ida do homem à Lua naquele mesmo ano, imortalizou o feito de PELÉ.

FICHA TÉCNICAData: 19 de Novembro de 1969
Local: Estádio do Maracanã
Árbitro: Manoel Amaro de Lima

SANTOS 2 x 1 VASCO DA GAMA
Gols: Santos: PELÉ (pênalti) e Renê (contra)/ Vasco: Benetti

SANTOS: Aguinaldo; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Djalma Dias (Joel Camargo) e Rildo; Clodoaldo, Lima, Manoel Maria e Edu; PELÉ (Jair Bala) e Abel.

VASCO DA GAMA: Andrada; Fidélis, Moacir, Fernando e Eberval; Bougleaux, Renê, Acelino (Raimundinho) e Adílson; Benetti e Danilo Menezes (Silvinho).

* PELÉ GAROTO, ainda na escola...Quem diria que seria o REI DO FUTEBOL e faria 1000 GOLS na sua brilhante carreira - O ATLETA DO SÉCULO.
"Este time, o SANTOS F. C., na era "PELÉ", assombrou o mundo com um futebol de grande classe. Na Europa, África, Ásia e Américas, o SANTOS sempre deu espectáculo. Aqui é lembrança de um jogo na África, no Zaire, contra uma seleção local. DE PÉ: Lima, Zito, Joel, Haroldo, Geraldino, Gilmar e o Orlando Duarte - AGACHADOS: Na mesma ordem, da esquerda para a direita, Dorval, Mengálvio, Toninho, PELÉ e Pepe."

LG (14/11/2009)

domingo, 25 de outubro de 2009

MARINHO CHAGAS - Entrevista

" ENTREVISTA – MARINHO CHAGAS

“No Fortaleza, não fiz o que a torcida esperava de mim”

Chamado de lourão quando jogava, MARINHO se recorda com carinho dos ex-companheiros Pedro

Considerado pela Fifa um dos maiores laterais-esquerdos do mundo, hoje, MARINHO CHAGAS luta contra uma doença. O ex-atleta, por telefone, de Natal/RN, relata sua briga com Leão, se gaba de seus 58 anos "bem vividos" e justifica seu fraco desempenho no Tricolor de Aço dos anos 1980.

Em quem você se inspirava para atuar ofensivamente? Era no Nilton Santos?

O Nilton Santos realmente me deu inspiração. Mas eu subia ao ataque porque antes era centroavante, jogava nessa posição em peladas aqui em Natal. Como tinha muitos candidatos para essa posição, e eu queria era jogar, passei a jogar de lateral-esquerdo. Eu vinha de trás com a bola dominada, pois já tinha noção de ataque, de drible. Puxava para o meio e batia no gol. Dei muita sorte. Tive um treinador no início da carreira, o Seu Barbosa, que chegou a jogar no Flamengo. Ele me ensinou a bater com as duas pernas. Então, tinha muita facilidade de driblar com a direita, com esquerda, e de ir para a linha de fundo.

Levou muita bronca dos treinadores por conta disso?

Realmente, naquela época, os laterais não avançavam. Mas o próprio Nilton Santos, que costumava subir muito ao ataque na época dele, me disse que naquele momento eu estava acima do normal e isso me incentivou muito. E ele me orientava muito no Botafogo, nas partidas, nos treinos. Ensinava como marcar o ponta-direita: se fosse veloz, era para dar espaço, se fosse habilidoso, era para ficar junto dele. Os mais veteranos me ensinavam que era melhor defender primeiro para depois subir. E os treinadores, sabendo disso, começaram a procurar um cabeça-de-área que marcasse bem, para fazer a minha cobertura. E naquela época só existia um cabeça-de-área.

A discussão que você teve com o Leão na Copa de 1974 foi feia como dizem?

Não foi assim tão feia. Houve aquele empurra-empurra. No gol da Polônia (Marinho se refere ao gol que o atacante Lato fez contra o Brasil, na decisão do terceiro lugar), eu perdi a bola na grande área polonesa e o Lato estava sozinho no meio-de-campo e o Alfredo (zagueiro) em cima dele, no homem a homem. Quando o Lato deu um tapa na bola, saiu uns cinco metros na frente dele. Eu, mesmo vindo de longe, quase chego nele. A bola foi no bico da grande área, Se o Leão tivesse ficado no gol, o Zé Maria (lateral-direito) ou o Marinho Peres, que vinham na cobertura, teria alcançado. Mas foi uma discussão no vestiário. E havia a rivalidade entre (atletas de) São Paulo e Rio (Leão jogava no futebol paulista). Jorginho e Paulo César Caju vieram me ajudar e nem os paulistas ficaram a favor do Leão. Ele era difícil. Pelo menos na Seleção, não saía com os jogadores. No ônibus, ia sempre na frente, com a diretoria ou com o Zagalo (técnico), em vez de ficar atrás com a galera, cantando e se divertindo. E hoje também a gente vê os problemas que ele tem por aí. Mas é o temperamento dele. Tem que respeitar.

Você chegou a trabalhar ou encontrar com ele depois?

Uma vez fui ver um jogo do time dele contra o do Zico, no Japão. Fui visitar o Zico, no vestiário, e resolvi passar antes no do Leão. Fui lá, desejei boa sorte a ele, que ficou muito surpreso com a minha presença.

E a Alemanha, para onde você foi no fim da carreira, o que motivou a ida para lá?

Nessa época, eu estava jogando e era treinador, em Los Angeles, nos Estados Unidos, em 1986. Meus filhos estavam todos estudando por lá. Daí tive um convite para participar de alguns jogos na Alemanha. Nisso, surgiu um time lá, chamado Harlekin, da cidade de Augsburg, onde fiz um curso de treinador, que me convidou para ser jogador e treinador, e lá fiquei por dois anos.

Você passou pelo Fortaleza nos anos 1980. O que mais o marcou nessa passagem?

Quando vim do Rio para Fortaleza, estava há muito tempo parado. Vinha de uma contusão na bacia, que sofri no Bangu. Fiz um longo tratamento e fiquei bom. Mas não estava cem por cento fisicamente, embora gostasse de me cuidar. Um empresário, um amigo meu, me convidou para jogar no Fortaleza. Eu já estava com vontade de voltar para Natal, estava cansado do Rio e de São Paulo. Viajava muito e meus filhos estavam crescendo, precisava cuidar deles. Morei na Praia do Futuro, na época em que tinha só um prédio por ali. Tive bons momentos no Fortaleza. O presidente da época foi muito honesto comigo e a própria torcida do clube foi muito legal. Mas eu é que realmente não fiz o que se esperava de mim. Pois já estava com a idade um pouco avançada. Mesmo assim, fiz um bom Campeonato Cearense e só perdemos na semifinal.

O então goleiro do Tricolor, o Salvino, era maluco mesmo como dizem que era?

O pessoal chamava ele de "Bicho-Papão". Ele era "brabo" pra danar. Lembro também do (falecido) Pedro Basílio, que hoje está no céu... Tinha o Pai d´Égua (Artur) também. Os dois moraram no meu apartamento quando jogaram no Botafogo. Mas o Salvino era maluco no bom sentido, tipo o Raúl Seixas. Era um grande amigo meu, gostava muito de mim. Mas era doido por uma briga. Quando o Fortaleza perdia, ele saía de campo procurando briga, dizendo: "quem quer brigar aí?". Eu dizia: "homem, deixa isso pra lá" e ele respondia: "fique calado você também" (risos). Hoje, com a idade, deve ser uma outra pessoa. Soube que ele ainda é preparador de goleiros aí no Fortaleza. Sempre foi uma pessoa de confiança. Quero muito bem a galera da minha geração.

É verdade que o Artur voltava de avião após os jogos do Botafogo para Fortaleza e caía na noite, nas farras?

O que ele fazia não me lembro. Não gosto de falar pelos amigos. Me lembro do que eu fazia. Eu alugava avião particular para jogar nos cassinos de Montevidéu (Uruguai) com alguns amigos. Realmente fiz muita besteira na vida, perdi muito dinheiro. Mas perdi curtindo. Tirei muita onda no Rio, em Nova York, Los Angeles, Miami... Conheci muitas atrizes famosas, transei com algumas. Então, acho que sou um homem realizado. Estou com 58 anos, mas vivi por duzentos. Já estou é devendo a Jesus. Mas ele falou que não me quer agora, me quer quando eu tiver 100 anos.

Há algo de que se arrependa por ter feito na carreira?

Faria tudo outra vez. Só que faria com mais inteligência. Escolheria bem minhas amizades. Os que estão jogando hoje têm que pensar no futuro. Por enquanto, estão com a bola cheia, cheios de dinheiro, com apartamento caro... Mas daqui a vinte, trinta anos o mundo muda. Também não é preciso guardar dinheiro em um colchão, não. Tem que viver a vida um pouco também. Esses jovens são mandados pelos empresários e não vivem nada. Andam com segurança até para ir a um cinema com a mulher. Eu não. Graças a Deus, curti a vida e nunca andei com segurança.

Atualmente, observamos jogadores como Adriano e Ronaldo constantemente pegos curtindo a noite. Como sua geração costumava lidar com os momentos de folga?

A gente tinha liberdade, mas não tinha maldade. No Fortaleza mesmo, toda segunda-feira, a gente (atletas) se encontrava no estabelecimento de uma senhora, perto do campo do time, para tomar umas cervejinhas, comer um cozido, uma galinha, uma rabada... Nos encontrávamos na beira da praia, às vezes, até com jogadores do Ceará também. E hoje, não. É uma rivalidade, um medo, cada um do seu lado. O torcedor, a imprensa, passava, via e não cobrava muito, não. Porque, quando chegava no campo, a gente correspondia.

Como está sua saúde hoje?

Todo ano faço meu check-up e fico internado de 10 a 15 dias. Quando fazia isso no Rio ou em São Paulo, tudo bem. Mas aqui em Natal, o pessoal já ficou preocupado, a imprensa veio para cima de mim. Fiquei três meses internado porque só queria sair quando estivesse cem por cento. A Globo me procurou, pensando que era grave. Mas muitos jogadores daquele época têm uma doença, a hepatite tipo C, culpa daquela antiga medicina. Mas, graças a Deus, não tenho problema no fígado, nada disso. Penso muito em Deus, sou espírita, tenho fé. As pessoas não devem se entregar. Jogadores de futebol não devem baixar a cabeça e se entregar à bebida, não. A bebida está ali, na prateleira do bar, mas não está chamando você, nem é de graça. Ela não tem culpa. Graças a Deus, me recuperei. E a entrevista que dei para a Globo (entrevista concedida ao Esporte Espetacular), foi de muita ajuda porque muitos atletas que viram a matéria, também vão querer fazer o tratamento. Hoje, em Natal, tem muita gente se tratando porque me viu na entrevista.

Naquela época vocês tinham alguma noção do perigo do uso compartilhado de seringas para aplicação de estimulantes nos atletas?

Antigamente os médicos usavam aquelas agulhas de ferro. Depois, tiravam e aplicavam em outra pessoa. No Botafogo, era obrigatório, após o treino, tomar um tipo de complexo. Não tínhamos e ainda não temos noção do perigo. Porque as pessoas não sabem o que é hepatite tipo C. Mas eu sei. E faço até um apelo para que todos passem a se tratar.

Como você vê a atual fase do futebol carioca, especialmente de Fluminense e Botafogo? Onde você acha que está o maior erro de quem comanda o futebol por lá?

Já faz tempo que está assim. Amo o Rio de janeiro. Sou botafoguense e sou tricolor também, dois times em que joguei. Acho que os dois não estão dando muito valor à base. Assim como o Vasco não está. O Eurico Miranda perdeu a eleição (para a presidência do clube) para o Roberto Dinamite e levou os contratos de alguns pratas da casa com ele. Assim fica difícil.

PERY NEGREIROS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

NÍLTON SANTOS - Curiosidades

* Quadro de GERCHMAN em HOMENAGEM a NÍLTON SANTOS.

CURIOSIDADES sobre NÍLTON SANTOS. - Pela Seleção Brasileira, fez 82 partidas e 3 gols.

- Pelo Botafogo de Futebol e Regatas, seu único clube, fez 729 partidas e 11 gols.

- Estreou pela Seleção Brasileira em 17 de abril de 1949 na vitória de 5 a 0 sobre a Colômbia e despediu-se na final da Copa de 1962, em Santiago, com a vitória de 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia.

- Estreou no Botafogo em 21 de março de 1948 na derrota de 2 a 1 para o América-MG e encerrou a carreira em 16 de dezembro de 1964 na vitória de 1 a 0 sobre o Bahia.

- Exemplo maior de identificação com um clube no futebol brasileiro, Nilton Santos vestiu apenas a camisa do Botafogo (por mais de 16 anos).

- Treinou pela primeira vez como atacante e foi mandado para a defesa pelo lendário dirigente Carlito Rocha. Lá se tornou o maior Lateral-esquerdo da história do futebol.

- Em 1998, foi eleito para a seleção do século por jornalistas do mundo inteiro.

- Em um amistoso na cidade do México: Botafogo x River Plate. Nestor Rossi, o maestro da seleção Argentina, chamou o lateral do River e aconselhou:

- Quer melhorar teu futebol? Então faz o seguinte: "Aquele ali é o Nilton Santos, beque esquerdo como você. Vai lá perto, disfarça e passa a mão na perna dele. Só isso. Passa a mão que naqueles pés está o futebol de todos os beques do mundo".

- Na Copa de 58, ignorou os pedidos do técnico Vicente Feola para que ficasse na defesa e foi ao ataque, marcando o segundo gol do Brasil no jogo contra a Áustria (3 a 0), após tabelar com Mazola.

- Na Copa de 50 no Brasil, foi reserva e um dos únicos a se manter na seleção após o desastre do Maracanã.

- Copa de 62, no Chile: Espanha já vencia por 1 x 0 quando o ponta Collar investiu contra Nílton Santos pela direita e foi derrubado dentro da área. Nílton, rapidamente, deu um passinho para fora, levantou os braços e o juiz chileno S. Bustamante entrou na dele. Marcou falta fora da área. Um pênalti que poderia ter mudado a história da Copa, porque foi desse lance que o Brasil partiu para virar o jogo em 2 a 1.

- Nilton Santos escolheu um clássico contra o Flamengo, a 13 de dezembro de 1964, para a despedida. O Maracanã estava lotado e Níltons Santos recebeu a mais longa salva de palmas que se conhece no futebol brasileiro. Um adeus como convém aos ídolos.

FRASES - Confira aqui algumas FRASES sobre NÍLTON SANTOS.

"Se eu e Nilton estivéssemos no Mundial da Inglaterra, não haveria aquele fiasco.
Aquela gente ia ver quem tinha gasolina no tanque".
(Didi, ex-meia da Seleção Brasileira, sobre Nílton Santos e a Copa de 66)

"Nos dias em que o tempo ficava nublado os companheiros
perguntavam como eu ia me virar."
(Nílton Santos, ex-lateral-esquerdo do Botafogo e da Seleção Brasileira,
sobre sua tática de marcar os atacantes com a ajuda do Sol)

"Naquele tempo, lateral que passasse do meio do campo era considerado maluco."
(Nílton Santos, ex-lateral-esquerdo do Botafogo e
da Seleção Brasileira, sobre as décadas de 40 e 50)

"Nílton Santos foi chamado de "A Enciclopédia".
Se, um dia, eu chegar a Dicionário, já me darei por muito feliz."
(Júnior, ex-lateral-esquerdo do Flamengo
e da Seleção Brasileira)

"Ele me deu um baile. Pedi que o contratassem e o
pusessem entre os titulares. Eu não queria enfrentá-lo de novo."
(Nílton Santos, maior lateral-esquerdo da história do Brasil
e do Botafogo, sobre Garrincha)

"Rossi se esqueceu de dizer que eu sempre joguei junto com
Garrincha. Contra ele, só no primeiro treino no Botafogo.
Pedi que o contratassem. Graças a Deus, fui atendido."
(Nílton Santos, em resposta a Nestor Rossi)

"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto!"
Eras um só, Nilton Santos"
(Armando Nogueira, poema dedicado ao amigo Nilton Santos)

* Fonte: Site Nilton Santos

NÍLTON SANTOS - Enciclopédia

NILTON SANTOS - BIOGRAFIA

"Me dizem que eu ganharia muito dinheiro jogando pela esquerda, atualmente,
mas eu não invejo isso, o que eu invejo, é a liberdade que os laterais tem hoje em dia"

Palavras de Nilton Santos

* NÍLTON SANTOS (Foto) - ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL.

- Nasce no dia 16 de maio de 1925, às 19 horas, a Enciclopédia do Futebol. O primeiro dos sete filhos de "seu" Pedro e sua esposa Josélia.
O lugar era um bairro pobre da Ilha do Governador - RJ, Estrada de Fleixeiras, número 12. Uma casa como todas as outras do lugar, pobre, sem luz e sem conforto. Este bairro que hoje deu lugar ao Aeroporto Internacional do Galeão.

HISTÓRIA
NÍLTON SANTOS
jogou em quase todas as posições da defesa do Botafogo, mas foi na lateral-esquerda da Seleção Brasileira, onde permaneceu titular absoluto de 1951 a 1962, que conquistou o título de bicampeão mundial (1958 e 1962). Foi jogador de um equilíbrio extraordinário e no início da carreira, no Fleicheiras, da Ilha do Governador, gostava de jogar de meia-esquerda. Craque que nasceu com alma de atacante, acabou glorificado pela arte de evitar gols. O senso de equilíbrio, a classe, a elegância, a segurança que dava ao Botafogo e a à Seleção Brasileira consagraram-no como a Enciclopédia do Futebol.

Com NÍLTON SANTOS surgia no Botafogo um lateral que tinha a estranha mania de atacar, chutar a gol e até marcar. Sua categoria levou-o à Seleção Brasileira em 1949 para disputar o Sul-Americano e a Copa Rio-Branco. Flávio Costa, que gostava de beques duros e viris, deixou NÍLTON SANTOS na reserva na Copa do Mundo de 1950, no Brasil. Mas ele foi campeão do Pan-Americano de

1952, no Chile e do Sul-Americano de 1953, em Lima. No ano seguinte, foi titular da Seleção na Copa do Mundo na Suíça, sob a direção de Zezé Moreira.

* NÍLTON SANTOS e PELÉ, Copa do Mundo de 1958.

Em 1958, saiu do Rio de Janeiro como reserva do gaúcho Oreco e voltou da Suécia campeão mundial. Em sua estéria, quase levou o técnico Vicente Feola à loucura por avançar, tabelar com Mazola e marcar o segundo gol na vitória de 3x0. Foi campeão carioca de 1957, 61 e 62, e Brasileiro de Seleções em 1951. Na copa do mundo de 1962, jogou de lateral-esquerdo, mas já no Botafogo atuava de quarto-zagueiro.

Um dia, em 1964, jogava contra o Vasco e reparou num zagueiro forte, que esbanjava saúde. Quis saber quem era e ficou assustado: "Brito, filho do Leonídio Ruas? Meu companheiro de peladas no Fleicheiras? Tá na hora de parar". Escolheu um clássico contra o Flamengo, a 13 de dezembro de 1964, para a despedida. O maracanã estava lotado e NÍLTON SANTOS recebeu a mais longa salva de palmas que se conhece no futebol brasileiro. O Flamengo era o grande rival e mais uma vez ele foi vitorioso: uma jogada sua terminou nos pés do juvenil Roberto Miranda, que definiu a vitória de 1x0. Um adeus como convém aos ídolos.

Naquele dia, o esporte brasileiro perdia o futebol mágico, do melhor, lateral-esquerdo que o futebol já conheceu. Um lateral com vocação pelo gol e que sabia como evitá-lo. Perdia assim a ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL.

* Fonte: Site "Nilton Santos"

sábado, 25 de julho de 2009

JÚLIO BOTÊLHO – JULINHO

Os 50 anos do primeiro BRASIL x INGLATERRA no Maracanã* Foto: EM PÉ: Djalma Santos, Bellini, Dino Sani, Nílton Santos, Gilmar e Orlando - AGACHADOS: Mário Américo (Massagista), JULINHO, Didi, Henrique, PELÉ, Canhoteiro e o Santana (Massagista).

JULINHO, o ponta VAIADO por substituir GARRINCHA, deixou o estádio aclamado na vitória de 2 a 0

Os torcedores que lotaram o Maracanã no dia 13 de maio de 1959 (117.230 pagantes) não perdoaram o ponta JULINHO, do Palmeiras, quando foi anunciada a escalação da Seleção Brasileira para enfrentar a Inglaterra, no primeiro amistoso entre as duas seleções no Brasil - com a camisa 7, no lugar de Garrincha, apareceu Julinho, que foi então intensamente VAIADO.

JULINHO, um craque na ponta-direita, que não disputou a Copa do Mundo de 1958 por estar brilhando no futebol italiano, não demorou a transformar a hostilidade em aplausos.

Aos 7 minutos, marcou o primeiro gol do Brasil.
Aos 12, fez bela jogada e deu o cruzamento certeiro para o centroavante HENRIQUE, do Flamengo, completar para as redes e fazer 2 a 0.

Daí em diante, sempre que pegava na bola, JULINHO era aclamado - o Maracanã se rendeu ao seu talento.

JÚLIO BOTÊLHO, o JULINHO, disputou a Copa do Mundo de 1954, na Suíça, e marcou 13 gols nos 31 jogos que disputou pela Seleção Brasileira e conquistou o Campeonato Pan-Americano de 1952, a Copa Roca e a Taça do Atlântico, em 1960.
Nascido no dia 29 de julho de 1929, em São Paulo, JULINHO morreu no dia 19 de janeiro de 2003, também em São Paulo.Naquele 13 de maio de 1959, a

Seleção Brasileira venceu a Inglaterra por 2 a 0 escalada com Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando (Formiga) e Nílton Santos; Dino Sani e Didi; JULINHO, Henrique, PELÉ e Canhoteiro. O Técnico foi Vicente Feola.

O primeiro jogo entre as duas seleções aconteceu três anos antes, em Wembley, no dia 9 de maio de 1956, em Londres. A Inglaterra venceu por 4 a 2, com gols de Thomaz Taylor (2) e Colin Granger (2). Didi e Paulinho marcaram para o Brasil.

A Seleção Brasileira jogou com Gilmar, Djalma Santos, Pavão, Zózimo e Nílton Santos; Dequinha e Didi; Paulinho, Álvaro, Gino e Canhoteiro. O t
Técnico foi Flávio Costa.


O segundo jogo aconteceu no dia 11 de junho de 1958, válido pela Copa do Mundo de 1958, no Estádio Nya Ullevi, em Gotemburgo.

O jogo terminou 0 a 0, e a Seleção Brasileira atou com Gilmar, De Sordi, Bellini, Orlando e Nílton Santos; Dino Sani e Didi; Joel, Mazzola, Vavá e Zagallo. O Técnico foi Vicente Feola.

* Fonte: CBF NEWS

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O PRÍNCIPE ETÍOPE

* FOTO: Julinho, DIDI (O Príncipe), Henrique, PELÉ e Canhoteiro, o ataque do Brasil na vitória de 2 a 0 sobre a Inglaterra.

- Naquele 13 de maio de 1959, a Seleção Brasileira venceu a INGLATERRA por 2 a 0 escalada com: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando (Formiga) e Nílton Santos; Dino Sani e DIDI; Julinho, Henrique, PELÉ e Canhoteiro.
- O Técnico foi Vicente Feola.

- O primeiro jogo entre as duas seleções aconteceu três anos antes, em Wembley, no dia 9 de maio de 1956, em Londres. A INGLATERRA venceu por 4 a 2, com gols de Thomaz Taylor (2) e Colin Granger (2). DIDI e Paulinho marcaram para o Brasil. A Seleção Brasileira jogou com: Gilmar, Djalma Santos, Pavão, Zózimo e Nílton Santos; Dequinha e DIDI; Paulinho, Álvaro, Gino e Canhoteiro.
- O Técnico foi Flávio Costa.

- O segundo jogo aconteceu no dia 11 de junho de 1958, válido pela Copa do Mundo de 1958, no Estádio Nya Ullevi, em Gotemburgo. O jogo terminou 0 a 0, e a Seleção Brasileira atou com: Gilmar, De Sordi, Bellini, Orlando e Nílton Santos; Dino Sani e DIDI; Joel, Mazzola, Vavá e Zagallo.
- O Técnico foi Vicente Feola.

* FOTO: EM PÉ: Djalma Santos, Bellini, Dino Sani, Nílton Santos, Gilmar e Orlando - AGACHADOS: Massagista Mário Américo, Julinho, DIDI (O Príncipe), Henrique, PELÉ, Canhoteiro e o Massagista Santana.

* HISTÓRIA: Valdir Pereira - DIDI

"O PRÍNCIPE ETÍOPE" era seu apelido, dado por Nelson Rodrigues.

- Com classe e categoria, foi um dos maiores médios volantes de todos os tempos, e ainda foi um dos líderes do clube BOTAFOGO de Futebol e Regatas, além de possuir o mérito de ter criado a "FOLHA SÊCA".

- Esta técnica consistia numa forma de se bater na bola numa cobrança de falta, com o lado externo do pé, hoje vulgarmente chamada "TRIVELA". Ela tem esse nome pois esse estilo de cobrar falta que dava à bola um efeito inesperado, semelhante ao de uma folha caindo. O lance ficou famoso quando DIDI marcou um gol de falta nesse estilo contra a Seleção do PERU, nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958.

- Na COPA DO MUNDO DE 1970 o TÉCNICO da Seleção do PERU (classificando o país para a sua primeira Copa desde a de 1930) na derrota para a Seleção Brasileira por 4 a 2 .

- No FLUMINENSE, DIDI jogou entre 1949 e 1956, tendo realizado 298 partidas e feito 91 gols, sendo um dos grandes responsáveis pela conquista do Campeonato Carioca de 1951 e da Copa Rio 1952 e feito o primeiro gol da história do Maracanã pela Seleção Carioca em 1950. DIDI deixou o Fluminense devido a ser vítima de preconceito, era sempre obrigado a entrar pela porta dos fundos das Laranjeiras.

* FOTO: GARRINCHA,ZITO, NILTON SANTOS, PELÉ, ZAGALO, PEPE e DIDI (O Príncipe).

- Enquanto foi CAMPEÃO MUNDIAL, sempre atuou pelo BOTAFOGO de Futebol e Regatas, clube pelo qual acabou se apaixonando. No alvinegro, era o maestro de um dos mais fortes times da História do futebol. Jogou ao lado de GARRINCHA, NILTON SANTOS, ZAGALO, QUARENTINHA, GÉRSON, MANGA e AMARILDO.

- O BOTAFOGO foi o clube pelo qual DIDI mais jogou futebol: fez 313 jogos e marcando 114 gols. Foi CAMPEÃO carioca pelo clube em 1957, 1961 e 1962 e também venceu o Torneio Rio-São Paulo de 1962, mesmo ano em que venceu o Pentagonal do México.

- Chegou a jogar no famoso time do REAL MADRID, ao lado do craque argentino DI STÉFANO e do húngaro PUSKAS, mas teria sofrido um boicote na equipe.

- DIDI também vestiu a camisa do SÃO PAULO Futebol Clube em duas oportunidades, em 1964 e 1966. Já pensava em se retirar dos campos de futebol, não conseguindo êxito como nos clubes anteriores em conquista de títulos. A equipe paulista naquela época, não tinha grandes jogadores e estavam empenhados em terminarem a construção do seu principal patrimônio, o Estádio do Morumbi.

- No começo de 1981, DIDI chegou a ser o TÉCNICO do BOTAFOGO, mas foi substituído do cargo durante o ano, tendo sido ele um dos TÉCNICOS DO FLUMINENSE, na fase que o time tricolor era conhecido como a "MÁQUINA TRICOLOR", pela qualidade excepcional de seus jogadores.

- NOTA: ele próprio informou que seu nome era Waldir Pereira, com “W”.

* DIDI e Garrincha - Jogo da Seleção do Brasil na Copa do Mundo de 1958.

* Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

GARRINCHA, Alegria do Povo

* GARRANCHA (Foto), "O Gênio das Pernas Tortas", "Alegria do Povo" com o REI PELÉ.
Um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos - para alguns especialistas, ainda mais encantador do que PELÉ - GARRINCHA morria há 25 anos no Rio de Janeiro, derrotado pelo alcoolismo. Por isso, rendemos homenagem ao símbolo do futebol-arte, que encantou pessoas em todos os cantos do mundo.

GARRINCHA foi um dos maiores ídolos da história do Botafogo, clube pelo qual atuou por 12 anos e conquistou três Campeonatos Cariocas e dois Torneios Rio - São Paulo, e da Seleção Brasileira, quando foi bicampeão do mundo em 1958, na Suécia e 1962, no Chile.

Apelidos foram vários: "Anjo das Pernas Tortas", numa poesia de Vinícius de Morais; e "Alegria do Povo", expressão eternizada na Copa do Mundo de 1962. Por sinal, Garrincha foi um apelido dado pela irmã, em alusão a um passarinho comum em Petrópolis, próximo de sua terra natal, Pau Grande, distrito de Magé (RJ).

Neste espaço, o internauta pode conferir um pouco mais da história do craque, alguns números de sua encantadora carreira, os gramados nos quais desfilou sua categoria, fotos do ídolo, depoimentos de personagens do futebol e um histórico do ponta-direita no Botafogo e na Seleção.

BOTAFOGO: Após ser negado em testes no Flamengo e Fluminense - foi chamado inclusive de aleijado pelo técnico Gentil Cardoso, por ter uma perna oito centímetros menor do que a outra, GARRINCHA foi visto por Arati, ex-lateral do Botafogo, e levado ao clube para realizar testes.

Nílton Santos, na ocasião um já experiente lateral-esquerdo, levou um baile de GARRINCHA e exigiu sua contratação - Pedido prontamente atendido. Especula-se que o Botafogo tenha pagado cerca de US$ 27 dólares - cerca de R$ 50 - para trazer o que se tornaria um dos principais jogadores do futebol mundial.

GARRINCHA atuou no Botafogo entre 1953 e 1965. Logo na estréia, marcou dois gols na vitória de 6 a 3 sobre o Bonsucesso. Foi Campeão Carioca em 1957, 1961 e 1962, do Torneio Rio - São Paulo em 1962 e 1964, além de ter conquistado outros títulos internacionais de menor expressão. Fez 252 gols em 609 partidas e é apontado até hoje como o maior jogador de todos os tempos do Botafogo de Futebol e Regatas, base da Seleção Brasileira nas Copas de 1958 e 1962 e figurinha importante de algumas das principais equipes de futebol da história.

GARRINCHA, UM ÍDOLO ETERNO: Morte de Mané completa hoje 26 anos. Mas não tem como esquecer do craque.

20 de janeiro de 2008:
Faz dois meses que uma dessas entidades que cuidam de estatísticas deixou GARRINCHA fora de uma relação dos 100 maiores jogadores da história. A lista foi elaborada de acordo com números obtidos ao longo das carreiras de cada um. E os dados de Mané, segundo a entidade, não eram suficientes para preencher requisitos necessários. É evidente que os números são importantes. Mas não esclarecem tudo. Pois futebol é, sobretudo, improviso e talento, e nisso, não deve restar nenhuma dúvida, o gênio das pernas tortas foi mestre. Há quem ouse dizer que Mané era rebelde à táticas de treinadores, avesso, às vezes, à objetividade e que não teria nos dias de hoje espaccedil; o para pôr em prática seu inesgot ável repertório, especialmente dribles que enlouqueciam cada qual de um jeito marcadores e público.A esses, Mané, de onde estiver, lembra das duas Copas que conquistou, com efetiva participação. A nossa memória, que é péssima, praticamente não deixou registro da sua arte, o que ajuda a alimentar essas bobagens e a diminuir, aos olhos dos mais jovens, a importância do grande craque. Houve um dado momento em que os adversários imaginaram que poderiam dominá-lo.

Em 1958,os russos prometeram um "futebol científico", que se existia de fato caiu por terra em cinco minutos.

Em 1962, os tchecos tiveram a certeza que bastariam dois ou três marcadores se revezando no seu encalço para anulá-lo, e a estratégia tombou em duas ou três escapadas, revelando-se um desastre quando os demais setores do campo ficaram desguarnecidos.

No Chile, ao vê-lo derrubar todos obstáculos, um jornalista, sem outra explicação, lançou a pergunta de que planeta vem GARRINCHA? que segue sem calar um quarto de século após a morte do craque.

A tal entidade pisou na bola ao esquecer que futebol é, sobretudo, emoção. Pois Mané será sempre eterno no nosso cotidiano.
* Roberto Assaf: Colunista do Diário LANCE!

sábado, 13 de junho de 2009

MARINHO CHAGAS no Fogão

* MARINHO CHAGAS (Foto) quando atuava pelo Botafogo do Rio de Janeiro.

* MARINHO CHAGAS: O melhor lateral-esquerdo da Copa do Mundo de 1974 (Alemanha) PRECISA DE AJUDA.

O natalense MARINHO CHAGAS, ex-Riachuelo, ABC, América, Náutico-PE, Botafogo-RJ, Fluminense-RJ, São Paulo, Cosmos (EUA), Seleção Brasileira, está hospitalizado há mais de 20 dias, com complicações respiratórias, lutando contra estágio avançado da HEPATITE "C". Para viabilizar o tratamento do craque, a ERK, fornecedora de material esportivo do ABC, lança a campanha “UM GOL PELA VIDA”. Camisas serão vendidas por R$ 20,00 (vinte reais), a partir deste sábado (13/06), no dia do jogo com o Vila Nova, pela Série "B", na loja ABC Shop, no estádio Frasqueirão.

A arrecadação será destinada ao tratamento médico da “Bruxa”, como gosta de ser chamado.
Uma conta bancária solidária está sendo aberta nesta sexta-feira (12/06), onde toda arrecadação será depositada, além das doações voluntárias dos torcedores de vários clubes, paixões, que poderão ser feitas para colaborar com o tratamento do jogador que marcou época nos anos 70, principalmente.

Na camisa traz na frente, imagem do jogador na seleção brasileira e frases “O verdadeiro craque não desiste nunca. Luta sempre. UM GOL PELA VIDA”. Na parte de traz, a camisa "6" que foi a mais usada pelo clubes que passou e a mensagem: “eu torço por você!”.

Familiares de MARINHO CHAGAS estarão na lojinha do ABC, no fim da tarde desta sexta-feira (12/06), onde serão exibidas as primeiras camisas. O lote inicial será de 100 unidades. Empresas interessadas em ajudar podem registrar sua marca na campanha.

Mais informações no ABC Shop, de segunda a sábado, das 9h às 17h, pelos telefones: 3219-4329 ou 3211-3852.
Com informações Fácil Comunicação

Fonte: Marcos Lopes (Escrete de Ouro)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

REI PELÉ - Copa de 1958

* PELÉ e GARRINCHA na comemoração de um GOL na decisão da Copa do Mundo de 1958 na Suécia.

Era um domingo de muito sol aquele 29 de junho de 1958. E um domingo especial: o Brasil iria decidir a Copa do Mundo contra a Suécia.

Fui à missa cedo, como fazia todos os domingos, e às nove horas da manhã já estava com minha caixa de engraxate na calçada do bar frente à minha casa. Se fosse um domingo normal, eu trabalharia até as 11 e meia, almoçaria e iria para o cine São Geraldo, em pleno bairro da Lagoinha, bairro mal-afamado em Belo Horizonte. Ali assistiria a dois filmes que, tinha certeza, seriam faroestes.

O ar era de ansiedade. Às 11 horas guardei a minha caixa e corri para o armazém do turco Maron Rachid, que colocara um rádio em alto volume e que já falava da Suécia. O som era ruim, ia e vinha em ondas que aumentavam o compasso das batidas do coração.

Ouvi alguém dizer que no bar do seu Joaquim, a três quarteirões dali, o som estava melhor. Não tive dúvidas: corri para lá. Bobagem: o drama era o mesmo.

As pessoas se aglomeravam em torno do aparelho de marca Invictus, ouvidos atentos e olhos na luz verde estampada no mostrador: era o olho mágico – quanto mais intensa ficasse a luz, melhor o som.

Além da ansiedade, havia certo medo. Será que vamos repetir 1950? Eu perguntava detalhes da tragédia que não assisti: a perda da Copa do Mundo de 50, em pleno Maracanã, para o Uruguai.

Provavelmente, eu era o único menino no meio daqueles adultos, mas o futebol já era minha paixão.

O narrador, com voz grave, anuncia uma modificação de última hora na escalação: Djalma Santos entra no lugar de De Sordi, que fora o titular em todos os outros jogos.

Mau sinal, vaticina um pessimista. Que nada!, rebate outro jurando que Djalma Santos era melhor.

Começa o jogo e logo aos quatro minutos um tal de Liedholm faz 1 a 0 para a Suécia. O grito de gol do narrador é frio, curto e desanimado. Aqui não vai dar, pensei comigo. E saí correndo para o armazém do Maron. Mal cheguei, Vavá empatava o jogo. “É aqui que tenho de ficar”, disse para mim mesmo.

Ali fiquei até o minuto final, depois que Pelé, aos 45 minutos, marcou o quinto gol da vitória por 5 a 2. Passei as duas horas seguintes correndo de um rádio para o outro, ouvindo o que os adultos comentavam.

Aquele domingo não marcou apenas a alegria de um garoto ou a recuperação de um futebol derrotado em casa anos antes. Na verdade, foi um divisor de tempo. Até ali, era comum no mundo dito civilizado – entenda-se Europa e América – afirmar-se que a capital do Brasil era Buenos Aires. Ou que as pessoas poderiam ser atacadas por perigosas cobras nas ruas das cidades.

Dali para frente, um novo olhar se debruçou sobre o Brasil. O mundo foi procurar no mapa onde ficava esse tal de Brasil, cuja capital era – agora sim – o Rio de Janeiro. E também como nesse país tão distante e obscuro apareceu, de repente, um rei, que então ninguém sabia, mas iria reinar para sempre: o Rei Pelé.

Mario Marinho é comentarista da rádio Eldorado SP e diretor da revista O Mundo do Futebol.

MANÉ GARRINCHA

* 10/06/2009: ESTRÉIA DO "RECORDANDO LG" - Recordar é Viver.
* Com um dos maiores jogadores do MUNDO, "MANÉ GARRINCHA" o craque das pernas tortas (Este chamava todo adversário de João)......Ele esteve bem aqui, na Seleção de CURRAIS NOVOS, Rio Grande do Norte (RN), no início da década de "70". NA FOTO do Escrete de Ouro, ele está ladeado por grandes atletas de Currais Novos, que também fizeram história no futebol local, "OLIVEIRA FILHO" e o "DJALMA FÉLIX".