RECORDAR É VIVER

sábado, 12 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! "É bom saber que estou incomodando"!!!

Romário é 11: "É bom saber que estou incomodando"
- Baxinho dá entrevista exclusiva ao LANCENET! e encerra série no dia 11/11/11 mostrando nova faceta de 'carrapato'

Os grandes momentos da carreira do Baixinho (Arte: Anderson Sá)

Romário nunca foi de marcar. Como atacante genial que foi, tinha a grande área adversária como território preferido. Os mais de mil gols na carreira foram consequência. Agora aposentado dos gramados e engatinhando na carreira política, o Baixinho mudou. Virou carrapato. Que o digam o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Nesta entrevista exclusiva ao LANCENET!, que é o encerramento da série "Romário é 11", nosso personagem mostra que está gostando de fazer essa marcação firme nos cartolas, critica a tabela da Copa-2014 e fala sobre aventuras no futebol do exterior.

1- Como começou sua relação com a camisa 11?
- Não tem uma data, nem uma história específica com a 11. Comecei a usar o número no Olaria, mas variava. Usava também a 7, 9 e no Barcelona usei a 10. Foi o único clube que usei esse número. Mas o 11 ficou mais forte na minha vida com aqueles gols em 1993 pela Seleção, no Maracanã, pelas Eliminatórias. Não tenho o 11 como um número da sorte. Mas sempre gostei dele.

2 - A 11 da Seleção está nas costas de Neymar, está bem representada?
- Está em boas mãos. Neymar tem tudo para ser melhor do mundo. As qualidades que mais destaco: destemido e corajoso. Não se intimida com zagueiro.

3 - O que você achou dessa história de "Romarian Day"?
- O pessoal do Facebook veio com essa ideia aí e eu achei bacana. É fictício, mas são legais esse eventos aí.
(Nota da redação: internautas lançaram um evento para 11/11/11, com direito a workshop de língua presa e campeonato de futevôlei)

4 - Falando em Seleção, o que achou do fato de a tabela da Copa colocar o Brasil no Maracanã só em caso de final?
- Tirar a Seleção do Maracanã é uma imbecilidade. Por mais que o estádio não tenha mais aquela mística, já que ele tá todo quebrado. Mas isso não é novidade vir de quem veio. Já falei isso várias vezes: só querem vir aqui, pegar o lucro deles e ir embora. O secretário-geral Jérôme Valcke disse que “Romário não vai vencer a Fifa”. Eu não tenho nada a disputar com a Fifa. Mas ao citar meu nome ele mostra que estou incomodando. É bom saber que estou incomodando. Fico mais motivado. Quero brigar ainda mais.

5 - Foi boa a escolha de São Paulo para abertura?
- Falei lá atrás e não fui bem compreendido pelos paulistas. Falei que não era porque São Paulo não tinha nada. Agora vi algumas coisas, na visita de segunda-feira passada. No Powerpoint é fantástico e, pessoalmente, vi que é diferente da realidade. Governo e Prefeitura disseram que entregarão o estádio e tudo o que se refere à mobilidade urbana em tempo de receber a Copa. Se o que eles falaram for verdade, eu vou dizer que São Paulo tem condições de abrir a Copa.

6 - E sobre a vinda do jornalista Andrew Jennings ao Brasil?
- Espero que a repercussão aumente. São repercussões como essas que farão com que o povo saiba dos fatos que ocorrem. Brasileiros que vão para fora para fazer falcatruas em nome do futebol do país.

7 - Como é sua relação com o Aldo Rebelo, novo ministro do Esporte? Acha que foi uma boa escolha para a pasta?
- O Aldo Rebelo é um dos deputados mais conhecedores da política do Brasil. É muito respeitado. Relatou o código Florestal e o texto passou pela Câmara. É muito inteligente. Tem conhecimento amplo e não poderia ter sido melhor a escolha da presidente Dilma. Nosso esporte está em boas mãos.

8 - Você se arrepende de ter jogado em algum clube, no Valencia por exemplo, em que você chegou a ser reserva?
- Sempre fui para onde quis ir. Onde joguei, sempre vesti a camisa com honra. Valencia, Sadd e Adelaide não me saí muito bem, mas não me arrependo. No Valencia, tive problema com os técnicos Aragonés e Ranieri. Eles queriam que voltasse para marcar, correr para c... mas nunca fui de correr para trás. Só corria para frente. E eles queriam que eu treinasse todo dia de manhã, muito cedo. Era f... Não dava nem tempo de sair, aproveitar. Sempre gostei da noite. Por onde passei sempre fui conhecedor da noite. Ranieri me tirou do time depois que me perguntou se eu faria o que ele queria. Falei que não. Me tirou. Voltei para o Fla.

9 - Acha que jogadores como você, Edmundo e Túlio, que não tem um discurso politicamente correto fazem falta para o futebol brasileiro?
- Eu não me vejo numa comparação com o Túlio ou o Edmundo. Não estou dizendo que sou mais ou menos. Somos diferentes. A minha forma de colocar as coisas é com convicção e certeza. Eu não conheço eles a fundo para saber. Assumo o que eu falo mesmo que possa ter repercussão negativa. Em relação ao futebol de hoje, depois que eu parei não vejo um jogador de futebol com essa coragem de falar como eu sempre tive.

10 - Ronaldo revelou mais um caso polêmico seu recentemente, que vocês fugiram da concentração em uma Copa América. Como foi essa história?
- Isso não é polêmica. Realmente fugimos, só que a história não é exatamente a que ele contou. Um dia ele vai ter coragem de contar. Ele que começou, ele acaba. Mulher no meio é f...

11 - Teve alguma coisa que faltou na sua carreira?
- Na minha profissão, nunca se consegue conquistar tudo. Deixei de ir em duas Copas e duas Olimpíadas. Foram os pontos negativos. Perdi duas finais de clubes e uma de Copa do Brasil. Apesar de ter ganho muito mais, o ideal teria ter participado desses torneios que fiquei fora. Mas sou feliz por tudo o que consegui.

A série "ROMÁRIO É 11":
1> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
2> As onze camisas de Romário em mais de duas décadas
3> As grandes polêmicas de um Baixinho
4> Os parceiros marcantes de Romário
5> Língua afiada de um frasista renomado
6> As maiores vítimas de um artilheiro
7> Técnicos que marcaram a carreira
8> Títulos importantes do Baixinho
9> Nem só de conquistas vive o craque
10> A imagem do Baixinho por onde passou
11> "É bom saber que estou incomodando"

Érika Romão, Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 11/11/2011 às 11:11
Rio de Janeiro (RJ)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! A imagem do Baixinho por onde passou!!!

Romário é 11: A imagem do Baixinho por onde passou
- Jornalistas relatam "efeito Romário" nos países em que ele atuou

Jornal australiano registra Romário jogando futvôlei, sob os olhares da esposa (Reprodução)

É fato que Romário é um ídolo indiscutível no Brasil. Vasco, Flamengo, Fluminense e a Seleção Brasileira foram as vitrines em que ele exibiu sua classe dentro de campo. Mas qual é a imagem que o Baixinho construiu nas experiências no futebol do exterior? Essa questão foi respondida por quatro jornalistas entrevistados pelo LANCENET! que relatam, neste décimo capítulo da série "Romário é 11", qual foi o legado que o atacante deixou na Holanda, Espanha, Estados Unidos e Austrália.

Thijs van Veghel, editor do site holandês "Voetbal International"
"Romário é muito famoso na Holanda e especialmente na região sul do país. Ele foi um dos grandes atacantes na História da liga holandesa. Não somente pelo número de gols, mas também pela forma com que os fazia. Quando as TVs aqui fazem uma matéria sobre ele, tem sempre um gol marcado contra o Steaua Bucareste, pela Copa dos Campeões da Europa. Foi o exemplo mais claro de brilhantismo demonstrado por Romário nos anos de PSV.


Sua forma de jogar era única, mas Romário também ficou famoso pelo que fazia fora dos gramados. Ele era frequentemente visto no centro de Eindhoven, onde aproveitou a vida, especialmente com seu antigo companheiro de time, Stan Valckx. Eles chegaram a se enfrentar nas quartas de final da Copa-94.

Romário foi uma mudança muito grande para o PSV. Nos anos 60 e 70, o PSV era bom, mas um pouco chato de se ver jogar. As estrelas da época jogavam no Ajax e Feyenoord. No meio dos anos 80, Rudd Gullit foi o primeiro astro a jogar pelo PSV. Depois dele, veio Romário. Um tipo diferente de estrela, mas era uma estrela. Infelizmente para o futebol holandês, aqueles dias acabaram".

Sergio Solé, repórter do catalão "El Mundo Deportivo"

Edição do "El Mundo Deportivo" em 1994, quando Romário voltou ao Brasil para ver o pai, liberto de um sequestro

Lembro que sua etapa no primeiro ano de Barcelona foi espetacular. Marcou gols fantásticos, prometeu que marcaria 30 gols na Liga e chegou ao alvo na última partida, quando o Barça acabou ganhando o título. Sempre teve uma relação boa com a imprensa.

Foi muito bem com a equipe no primeiro ano, sobretudo com Stoichkov e Bakero. Eles o ajudaram muito quando sequestraram seu pai no Brasil. Cruyff deixava ele sair à noite porque no campo correspondia com gols.

No segundo ano, as coisas mudaram porque chegou com atraso da Copa do Mundo dos Estados Unidos e a relação com Cruyff se enfraqueceu. Foi uma falta de compromisso que o técnico não aceitou. Ficou poucos meses a mais e foi embora em janeiro de 1995.

A lembrança da torcida é que Romário foi um dos melhores atacantes da história do Barça. Seus três gols no 5 a 0 contra o Real Madrid, em 8 de janeiro de 1994, são inesquecíveis".

Michelle Kaufman, repórter e colunista do americano "Miami Herald"
"Romário atuou em um time muito pequeno, o Miami, cujos donos eram brasileiros e jogava a Segunda Divisão. As partidas eram em um pequeno estádio, o Tropical Park, com média de 2 mil a 3 mil torcedores por jogo. Quando ele chegou, parecia que seria um grande negócio, a imprensa cobriu, fez entrevistas etc. Mas depois de alguns jogos, ele ficou bem discreto.

Baixinho foi capitão do Miami FC (Tony Lewis/Reuters)

Ele foi muito cordial com os torcedores, dava autógrafos, tirava fotos com eles etc. Fora do campo, ele era muito reservado. Nunca vi manchetes sobre ele nos clubes de South Beach ou qualquer coisa parecida com isso. É mais fácil para os jogadores de futebol terem vida particular aqui em Miami porque existem muitas estrelas de cinema, astros da NBA e NFL. Então um jogador consegue se esconder.

Creio que uma das razões que ele veio para cá é porque a filha dele tem síndrome de down e existem mais oportunidades para ela aqui no Sul da Flórida. Então ele quis tirar vantagem disso. Além disso, ele queria adicionar o máximo de gols possível para chegar ao gol mil. E provavelmente pensou que poderia marcar mais facilmente nesta liga e promover o time para os donos brasileiros que ele conhecia antes de vir para cá. Romário ficou aqui só por seis meses".

Romário nos tempos de Austrália, pelo Adelaide United (Foto: Tom Miletic/Reuters)

A presença de Romário no Adelaide foi de tirar o fôlego. Os torcedores do Adelaide e de todo o estado de South Australia ficaram loucos pela presença dele nos gramados e fora deles. Ele era muito acessível, vivia na praia de Glenelg e era um jogador muito respeitado pelos companheiros.

Tive a sorte de entrevistá-lo duas vezes – ele estava relutante em falar inglês nas entrevistas. Preferia o espanhol. Apesar de ele ter marcado apenas um gol nas quatro partidas que fez fora de casa, ele era adorado pelos fãs. Afinal, ele foi o primeiro campeão do mundo a jogar na Primeira Divisão da Australia.

A série "ROMÁRIO É 11":
> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
> As onze camisas de Romário em mais de duas décadas
> As grandes polêmicas de um Baixinho
> Os parceiros marcantes de Romário
> Língua afiada de um frasista renomado
> As maiores vítimas de um artilheiro
> Técnicos que marcaram a carreira
> Títulos importantes do Baixinho
> Nem só de conquistas vive o craque

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 10/11/2011 às 11:11
Rio de Janeiro (RJ)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! Nem só de conquistas vive um craque!!!

Romário é 11: Nem só de conquistas vive um craque
- Episódios que não foram de acordo com os planos do Baixinho

Quem disse que craque não chora? (Foto: Gilvan de Souza)

Por mais genial que Romário tenha sido em campo, ele não esteve livre daqueles dias em que a bola não entrou, o sonho bateu na trave e a conquista foi adiada. A série "Romário é 11" relembra em seu nono capítulo algumas páginas da História que o Baixinho gostaria de esquecer. Mas não pode.

1 - Copa 1990
- “Pode anotar: foi a minha primeira e última Copa do Mundo”.
Foi com essa frase que Romário desembarcou no Brasil após a Copa-90. Felizmente o Baixinho não cumpriu a promessa, mas o desabafo serviu para mostrar o tamanho da frustração depois do Mundial. Na Itália, Romário se machucou, ficou na reserva e viu o Brasil de Sebastião Lazaroni ser eliminado para a Argentina nas oitavas de final.

2 - Copa 1998
- Uma das esperanças do Brasil na Copa da França, Romário
viu o sonho de jogar seu terceiro Mundial ir para o espaço junto com o músculo da panturrilha. O corte o fez chorar. E ainda criou um mal estar entre o Baixinho e a comissão técnica da Seleção – leia-se Zagallo e Zico. O sonho do penta foi adiado.

3 - Copa 2002
- Quatro anos após o trauma do corte
, o clamor popular pedia Romário na Seleção de Felipão para 2002. Na cabeça do povo, um time desacreditado precisava da referência do Baixinho no ataque do Brasil, ainda mais pela incerteza quanto o prazo de validade do joelho de Ronaldo, que ficara de molho por mais de um ano. Só que o relacionamento com Scolari não era dos melhores e Romário, mesmo com pedido de desculpas por episódios de indisciplina, ficou fora da “família” que se tornaria pentacampeã do mundo.

4 - Mundial de Clubes 2000
- Romário
vinha brilhando ao lado de Edmundo no ataque vascaíno, que fez vítimas como o poderoso Manchester United e os modestos Necaxa (MEX) e South Melbourne (AUS). Mas na decisão contra o Corinthians, Gilberto e Edmundo desperdiçaram as cobranças de pênalti e impediram que o Vasco de Romário pudesse comemorar o título.

5 - Copa do Brasil 1997
- O Flamengo
já tinha deixado para trás dois grandes clubes para chegar à decisão da Copa do Brasil-97: Internacional e Palmeiras. Mas o time capitaneado por Romário parou no Grêmio. A derrota teve um gosto ainda mais amargo porque o título foi perdido com dois empates (0 a 0 no Olímpico e 2 a 2 no Maracanã). Os gols sofridos em casa custaram a taça. Romário até marcou um gol, mas não foi suficiente.

6 - Carioca 1995
- O Rio de Janeiro estava cheio de reis autoproclamados
. Túlio Maravilha (Botafogo), Renato Gaúcho (Fluminense) e Romário (Flamengo). O Baixinho já tinha sido o protagonista na Taça Guanabara, mas o título do Carioca acabou nas mãos do Tricolor. Ou melhor, na barriga de Renato, que marcou o gol na final sobre o Fla.

R11 chora na apresentação no América ao lembrar-se do pai (Foto: Gilvan de Souza)

7 - Nunca ter jogado pelo América com Seu Edevair ainda vivo
- O Mequinha foi o amor da vida do pai de Romário
, Seu Edevair. O Baixinho prometeu que um dia jogaria no time do coração do pai. Infelizmente, o mentor de Romário morreu antes que o sonho se realizasse. O Baixinho, já como dirigente do time carioca, entrou em campo uma única vez com a camisa vermelha: foi em 2009, pela Série "B" do Rio. Pena que foi tarde demais para Seu Edevair.

8 - Doping
- Romário foi flagrado no final de 2007
, prestes a completar 42 anos, no exame antidoping. A substância encontrada no organismo do Baixinho foi a finasterida, que teve origem em um remédio para conter a queda de cabelo. A primeira punição do STJD (120 dias) deixou o Baixinho muito aflito e a continuidade na carreira se tornou uma incógnita. Só que passado o susto, absolvição veio em fevereiro e ele nem precisou cumprir a pena por inteiro. Apesar do final feliz, o Baixinho não gostaria de ter passado por isso.

9 - Carreira como técnico
- No início de 2008
, o então presidente do Vasco, Eurico Miranda, resolveu apostar no Baixinho como treinador da nau vascaína. Romário havia comandado o time em algumas partidas na Sul-Americana do ano anterior. O Baixinho foi “supervisionado” pelo auxiliar Alfredo Sampaio, pelo fato de não ter o registro de treinador. Mas a empreitada não funcionou por conta das discussões entre ele e Eurico. Romário queria Abuda, o mandatário Alan Kardec. Romário pediu demissão e deu fim à carreira de técnico.

10 - Prisão por não pagamento de pensão
- O Baixinho viveu momentos de instabilidade financeira
, com o fracasso de alguns negócios. Quem pagou o preço, ou melhor, não recebeu a pensão foram os filhos Moniquinha e Romário. A conta chegou rápido para o Baixinho, que foi preso. A estadia foi só por uma noite, mas suficiente para causar constrangimento.

11 – Longe das Olimpíadas
- Romário
conquistou a medalha de prata em Seul-88, perdendo a final para a União Soviética. Desde então, o Baixinho queria uma nova chance para dar ao Brasil o primeiro ouro olímpico na modalidade em que somos especialistas. Só que em duas edições que Romário tinha como certa sua ida aos Jogos, os treinadores das Seleções optaram por deixá-lo de lado. Primeiro foi em 1996, quando Zagallo usou a cota de três jogadores com mais de 23 anos com Aldair, Rivaldo e Bebeto. A Seleção voltou de Atlanta com o amargo bronze. Quatro anos depois, quando Romário estava em grande forma no Vasco, Vanderlei Luxemburgo radicalizou e nem usou a cota dos experientes. Seleção derrotada por Camarões nas quartas de final. Será que se Romário estivesse com o grupo o desfecho seria diferente? Nunca saberemos.

A série "ROMÁRIO É 11":
> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
> As onze camisas de Romário em mais de duas décadas
> As grandes polêmicas de um Baixinho
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> Língua afiada de um frasista renomado
> As maiores vítimas de um artilheiro
> Técnicos que marcaram a carreira
> Títulos importantes do Baixinho

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 09/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! Alguns Títulos importantes do Baixinho!!!

Romário é 11: Alguns títulos importantes do Baixinho
- LNET! relembra conquistas marcantes da carreira do artilheiro

Romário comemora o título da Copa Mercosul pelo Vasco (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Foram 27 em toda a carreira e o LANCENET! selecionou 11 dos títulos mais marcantes da carreira de Romário para serem retratados no oitavo capítulo da série "Romário é 11". Tanto no Brasil, quanto no exterior, o Baixinho levantou várias taças e foi protagonista em praticamente todas elas.

Companheiro de Romário no Vasco de 1987, onde o Baixinho faturou o primeiro título como profissional, e na Copa América 1989 - primeiro título de R11 na Seleção - o ex-goleiro Acácio - atualmente treinador do Olaria - conta que o Baixinho tinha perfil de ator principal desde a juventude.

- Romário não se intimidava, nunca se intimidou. Sempre teve uma personalidade firme. E desde o começo da carreira ele sempre teve uma participação fundamental nos times que jogou. Desequilibrava. Se ele falava que faria dois gols no jogo, ele cumpria - comentou Acácio, que fez uma comparação interessante ao falar sobre o convívio com Romário:

- Ele é como uma colméia. Se não mexer, ele é muito agradável. Nunca tive problema com Romário. Mas tem uns que mexem, aí já viu.

1 - Copa do Mundo 1994
- Sem sombra de dúvidas
, o título mais importante na carreira do Baixinho. Foi a conquista que o colocou na galeria dos grandes jogadores da História do futebol. O efeito imediato foi a eleição de melhor jogador do mundo naquele ano. Até hoje, Romário dá palestras para falar dos bastidores daquele título, como forma de motivação, já que a Seleção de Parreira chegou desacreditada aos Estados Unidos. Alguns dizem que Romário ganhou aquela Copa sozinho. Sozinho talvez não, mas ele teve uma grande parcela de contribuição. Foram cinco gols. Mas uma das participações mais importantes naquela Copa foi quando nem tocou na bola. Ou melhor, fugiu dela: o terceiro gol brasileiro nas quartas de final contra a Holanda, marcado após uma pancada de falta de Branco. Romário foi a estrela maior.

Romário sendo marcado por Maldini na final da Copa de 1994 (Foto: Intercontinental Press)

- Campeões com Romário:
- Taffarel / Jorginho / Ricardo Rocha / Ronaldão / Mauro Silva / Branco / Bebeto / Dunga / Zinho / Raí / Zetti / Aldair / Cafu / Márcio Santos / Leonardo / Mazinho / Paulo Sérgio / Müller / Ronaldo / Viola / Gilmar

2 - Mercosul 2000
- Esse título não teve a importância de 1994, mas o próprio Romário já admitiu que foi o mais emocionante da carreira. Depois de uma surra por 3 a 0 no primeiro tempo da final contra o Palmeiras, o Vasco conseguiu uma virada épica para 4 a 3. Destes quatro, três foram do Baixinho. O terceiro aos 48 do segundo tempo. Romário terminou como artilheiro da competição, 11 gols, e o grito de "Casaca" ecoou em pleno Parque Antártica.

- Campeões com Romário:
- Hélton / Jorginho / Odvan / Mauro Galvão / Nasa / Felipe / Paulo Miranda / Alex Oliveira / Viola / Pedrinho / Márcio / Júnior Baiano / Alexandre Torres / Henrique / Geder / Euller / Jorginho Paulista / Dias / Luisinho / Valkmar / Fabiano Eller / Juninho Paulista / Fábio / Siston / Luiz Cláudio / Souza / Léo / Clébson / Gilberto / Juninho Pernambucano

3 - Brasileiro 2000
- Romário
já era um veterano, 34 anos, quando conquistou seu primeiro e único título Brasileiro. A colcha de retalhos que foi a Copa João Havelange terminou nas mãos do Vasco, após superar o azarão São Caetano. Dois dos 20 gols marcados pelo Baixinho na competição foram nas duas finais contra o Azulão. Contando só com os times que disputaram o Módulo Azul (Primeira Divisão), Romário foi artilheiro daquela edição ao lado de Dill (Goiás) e Magno Alves (Fluminense). Na contagem geral, o goleador foi Adhemar (São Caetano), com 22.

- Campeões com Romário:
- Hélton / Jorginho / Odvan / Júnior Baiano / Paulo Miranda / Felipe / Pedrinho / Euller / Viola / Juninho Paulista / Márcio / André Silva / Valkmar / Henrique / Geder / Nasa / Zezinho / Luisinho / Mauro Galvão / Alex Oliveira / Fábio / Maricá / Luiz Cláudio / Jorginho Paulista / Alexandre Torres / Clébson / Gilberto / Juninho Pernambucano

4 - Carioca 1987
- Foi o primeiro ttítulo de Romário
como profissional. E, pelos companheiros que o jovem Baixinho tinha naquele time do Vasco, não foi tão difícil assim. Geovani, Tita, Dunga e, claro, Roberto Dinamite. Comandado por Joel Santana, depois Sebastião Lazaroni, o Romário foi o artilheiro da competição, com 16 gols, superando Dinamite em apenas um tento. Exemplo da força que tinha aquele Vasco.

- Campeões com Romário:
- Acácio / Paulo Roberto / Donato / Fernando / Moroni / Mazinho / Lira / Pedrinho / Dunga / Henrique / Geovani / Luís Carlos / Tita / Mauricinho Vivinho / Roberto Dinamite

5 - Campeonato Espanhol 1993/94
- Antes de Messi, o Baixinho
artilheiro que roubava a cena no Barcelona era Romário. O título espanhol daquele ano mostrou isso. O brasileiro marcou 30 gols em 33 jogos, foi o artilheiro da competição, que sagrou o Barcelona tetracampeão espanhol. A quantidade de gols que Romário marcou naquela temporada foi justamente o que ele prometera antes do campeonato começar.

- Campeões com Romário:
- Zubizarreta / Ferrer / Sergi / Nadal / Ronald Koeman / Bakero / Guardiola / Amor / Stoichkov / Laudrup / Busquets / Goikoetxea / Ivan Iglesias / Bergiristain / Eusebio / Angoy / Estebaranz / Juan Carlos / Julio Salinas / Òscar / Ekelund / Vucevic

6 - Carioca 1999
- Romário
participou do pontapé inicial do quarto tricampeonato do Flamengo. E a atuação foi como artilheiro da competição, com 16 gols. Rodrigo Mendes foi o heroi da decisão contra o Vasco, mas Romário foi um dos que levaram o Fla até ali.

- Campeões com Romário:
- Clemer / Pimentel / Fabão / Luiz Alberto / Jorginho / Athirson / Beto / Leandro Ávila / Leandro Machado / Iranildo / Célio Silva / Fábio Baiano / Maurinho / Caio / Marco Antonio / Rodrigo Mendes / Léo Inácio / Juan / Lê / Reinaldo / Júlio César / Alessandro / Eduardo / Fabiano / Bruno Quadros / Cleisson / Rocha / Bebeto

7 - Copa América 1989
- Se o título serviu para acabar com um jejum de 40 anos que a Seleção cultivava na competição, Romário pôde se deliciar com a primeira conquista pelo Brasil. O sabor foi ainda mais especial pelo fato de a competição ter acontecido em terras tupiniquins. Romário e Bebeto deram show. Era um prenúncio do que viria cinco anos depois. O Baixinho, inclusive, marcou o gol na última partida do quadrangular decisivo, contra o Uruguai: 1 a 0, no Maracanã, com mais de 130 mil espectadores. Inesquecível para Romário.

- Campeões com Romário:
- Taffarel / Mazinho / Mauro Galvão / André Cruz / Branco / Ricardo Gomes / Bebeto / Geovani / Valdo / Tita / Acácio / Josimar / Aldair / Alemão / Cristóvão / Dunga / Renato Gaúcho / Baltazar / Silas / Charles / Zé Carlos

8 - Copa América 1997
- Foi o primeiro título da Seleção Brasileira na Copa América, jogando fora do Brasil. O time canarinho não conquistava o título desde 1989. Romário editou, pela primeira vez em uma competição importante, a dupla com Ronaldo. Mas o Baixinho acabou não jogando a final por conta de um eposódio polêmico na semifinal contra o Peru, quando o Brasil venceu por 7 a 0 (dois de Romário). Pouco tempo depois de Edmundo, então desafeto do R11, ser colocado em campo por Zagallo, o Baixinho alegou uma contusão e foi substituído. O treinador achou que ele simulou e nem o escalou na decisão. O título veio e tiveram que engolir o Velho Lobo.

- Campeões com Romário:
- Taffarel / Cafu / Aldair / Márcio Santos / Mauro Silva / Roberto Carlos / Giovanni / Dunga / Ronaldo / Leonardo / Carlos Germano / Djalminha / Zé Maria / Célio Silva / Gonçalves / Zé Roberto / César Sampaio / Flávio Conceição / Denílson / Edmundo / Paulo Nunes

9 - Copa das Confederações 1997
- Quem não se lembra do dia em que todos os jogadores da Seleção amanheceram carecas? Foi na decisão desta competição, contra a Austrália, que o time brasileiro ficou sem um fio sequer na cabeça, mas deixou os australianos de cabelo em pé: 6 a 0. Três de Ronaldo e três de Romário, que foi o artilheiro da competição com sete gols.

- Campeões com Romário:
- Dida / Cafu / Aldair / Júnior Baiano / Dunga / Roberto Carlos / Bebeto / Flávio Conceição / Ronaldo / Leonardo / Rogério Ceni / Zé Maria / Gonçalves / Zé Roberto / César Sampaio / Doriva / Denílson / Juninho Paulista / Rivaldo / Rodrigo / Russo

10 - Campeonato Holandês 1988/89

Romário
foi artilheiro do Holandês em 1988/89 (Foto: Divulgação/PSV)

Em um campeonato de praticamente dois times, o PSV de Romário levou a melhor sobre o Ajax, na primeira temporada do Baixinho na Holanda. Romário foi artilheiro da competição, com 19 gols, e ajudou a iniciar a série de três campeonatos seguidos do time dirigido por Guss Hiddink.

- Campeões com Romário:
- Hans van Breukelen / Carlo L’Ami / Patrick Lodewijks/ Berry van Aerle / Jozef Chovanec / Eric Gerets / Jan Heintze / Ronald Koeman / Adick Koot / Ivan Nielsen / Stan Valckx / John Veldman / Bert Verhagen / Anton Janssen / Hendrie Kruzen/ Søren Lerby / Edward Linskens / Gerald Vanenburg / Cemal Yilmaz / Frank Berghuis / Juul Ellerman / Hans Gilhaus / Wim Kieft

11 - Mercosul 1999
- Romário
ficou fora dos dois jogos da final contra o Palmeiras por conta de lesão, mas o Baixinho foi o grande nome do Flamengo na competição, sendo inclusive o artilheiro com oito gols.

Campeões com Romário:
- Clemer / Pimentel / Fabão / Luiz Alberto / Jorginho / Athirson / Beto / Leandro Ávila / Leandro Machado / Iranildo / Róbson / Célio Silva / Fábio Baiano / Maurinho / Caio / Marco Antonio / Rodrigo Mendes / Léo Inácio / Juan / Ronaldo / Lê / Marcelo Rosa / Reinaldo / Júlio César / Alessandro / Rocha

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Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 08/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! Os Técnicos que marcaram o Baixinho!!!

Romário é 11: Os técnicos que marcaram o Baixinho
- O artilheiro dos 1002 gols colecionou adoradores e desafetos no futebol. E com os seus treinadores não foi diferente...

Joel Santana e Romário, no Vasco de 2001 (Foto: Ralff Gebara)

Romário sempre deixou claro o que gostava e o que não lhe agradava fazer dentro de campo. Por isso, o Baixinho colecionou adoradores e desafetos no futebol. E com os seus treinadores não foi diferente, como foi o caso de Alexandre Gama, que o colocou no banco no Fluminense. O Baixinho quase o expulsou do "ônibus" tricolor. O sétimo capítulo da Série "Romário é 11" trata de outros 11 técnicos marcantes da carreira do artilheiro dos 1002 gols e de um gênio às vezes indomável.

Os técnicos mais marcantes da carreira de Romário

1- Edu Coimbra
- Edu Antunes Coimbra, o maior ídolo da História do América, e irmão de Zico
, maior jogador da História do Flamengo, foi quem teve a "responsabilidade" de proporcionar ao Baixinho a sua primeira oportunidade entre os profissionais do Vasco, no Campeonato Brasileiro de 1985. No segundo tempo do confronto diante do Coritiba, que viria a ser o campeão daquele ano, em São Januário, Romário entrava em campo substituindo Mário Tilico. O Vasco venceu por 3 a 0, com dois gols de Roberto Dinamite e um de Vítor.

2-Carlos Alberto Silva
- Romário
já era tido como a grande revelação do futebol brasileiro e faria a sua primeira participação relevante com a Seleção em 1985, no Mundial sub-20. No entanto, o Baixinho foi cortado da competição pelo técnico Gilson Nunes, sob a acusação de indisciplina. Com isso, foi Carlos Alberto Silva, técnico que conduziu o Guarani ao seu primeiro e único título do Campeonato Brasileiro (1978), que apostou no Baixinho pela primeira vez.

Romário foi convocado para defender a Seleção principal em 1987. Após estrear com dois gols contra a Finlândia, o Baixinho é chamado para a Copa América daquele ano, mas assiste a derrocada da Seleção no banco de reservas. No ano seguinte, nas Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, Romário é titular e leva o Brasil à final do torneio. A Seleção é superada pela União Soviética e fica com a prata. Romário, artilheiro do torneio com seis gols, é contratado pelo PSV, da Holanda.

3-Sebastião Lazaroni
- Se Romário pouco pôde fazer na Copa América de 1987
, o Baixinho seria o grande personagem da edição seguinte, a de 1989, disputada no Brasil. Foi o camisa 11 que conduziu o Brasil, então comandado por Sebastião Lazaroni, ao título da competição, quebrando um jejum que durava 40 anos.

Romário foi decisivo na Copa América de 89, mas o mesmo não pode se dizer na Copa de 1990, na Itália. Às vésperas do Mundial, o Baixinho sofreu uma lesão, mas se recuperou a tempo de jogar o Mundial. No entanto, Lazaroni, que foi técnico de Romário no Vasco, escalou o atacante como titular apenas na última partida da primeira fase, contra a Escócia. A Seleção seria eliminada na fase seguinte, para a Argentina de Maradona.

4-Guss Hiddink
- O holandês, que hoje comanda a seleção da Turquia
, foi o primeiro treinador de Romário no PSV. O ex-atacante considera Hiddink um dos grandes responsáveis pelo seu sucesso no futebol holandês. Com Hiddink, Romário conquistou o Campeonato Holandês de 1988-1989 e a Copa da Holanda em 1988-1989 e 1989-1990.

5-Johan Cruyff
- Cruyff, o maior jogador holandês de todos os tempos, foi o treinador de Romário em sua passagem pelo Barcelona, em 1993 e 1994
. Foi ele que proferiu a mais do que célebre frase sobre o Baixinho: "Ele é o gênio da grande área". Com Cruyff no comando, 0 levou o Campeonato Espanhol de 1993-1994, a Supercopa da Espanha de 1994 e o Tereza Herrera de 1993.

6-Carlos Alberto Parreira
- Em grande fase no PSV e depois no Barcelona, Romário não gozava de tanto prestígio com Carlos Alberto Parreira
, então técnico da Seleção Brasileira. No entanto, com o Brasil tendo de vencer o Uruguai, no Maracanã, para não ficar de fora da Copa de 1994, Parreira se rendeu ao clamor público e convocou o Baixinho. O camisa 11 teve uma atuação de gala, marcou os dois gols da vitória brasileira e garantiu a Seleção no Mundial dos Estados Unidos. Já na Copa, Romário chamou a responsabilidade para si, apagou a sua frustração da Copa anterior e "ganhou sozinho" o Mundial de 1994.

7-Zagallo

Romário e Zagallo, nos tempos de calmaria
(Foto: Divulgação)

- Zagallo também comandou Romário na Copa de 1994, quando era auxiliar técnico de Parreira. Já em 1997, como técnico, foi com o Velho Lobo que o Baixinho conquistou o seus dois últimos títulos pela Seleção: a Copa América de 1997 e a Copa das Confederações do mesmo ano. A relação dos dois ficaria estremecida em 1998. Após ser cortado do Mundial da França, o Baixinho resolveu "homenagear" Zagallo e Zico (coordenador técnico da Seleção) com a caricatura de ambos na porta de um dos banheiros da sua boate, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A travessura rendeu a Romário um processo na Justiça e a condenação de R$ 380 mil de multa ao Velho Lobo.

8-Antonio Lopes
- Romário nunca escondeu a sua predileção por Antonio Lopes
, o seu segundo técnico como jogador profissional. Lopes, que atualmente dirige o Atlético Paranaense, comandou o Baixinho em 89 oportunidades, sempre no Vasco. O Delegado foi um dos grandes responsáveis pelo futebol que o Baixinho viria a apresentar. Para Romário, Lopes foi um dos melhores técnicos que teve na carreira.

9-Joel Santana
- Papai Joel comandou Romário no Vasco, Flamengo e Fluminense
. Foram 153 jogos tendo o Baixinho como jogador. E essa parceira rendeu muitos frutos: os títulos do Campeonato Carioca e da Copa Ouro de 1996 pelo Flamengo, da Copa Mercosul e da Copa João Havelange de 2000 pelo Vasco.

O sempre sincero Joel garantiu que jamais teve qualquer tipo de problema com Romário.
- Romário
sempre foi a minha bandeira dentro de campo. Nunca tive qualquer problema com ele, que sempre foi muito comprometido. Tanto que comandei ele em três clubes. E fiz isso com o maior prazer. Romário sempre foi um amigo e não escondia nada. Queria ter mais jogadores como ele... Quando tenho a oportunidade, sempre procuro me encontrar com o Baixinho - disse Joel, atualmente no Bahia, ao LANCENET!.

10- Luiz Felipe Scolari
- Felipão comandou Romário em apenas um jogo
: contra o Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa de 2002. A relação de ambos ficou estremecida com a não presença do atacante naquele Mundial, que acabou sendo vencido pelo Brasil. O clamor popular pela convocação de Romário era grande, assim como havia acontecido em 1994. Para o Baixinho, Felipão confiou nas pessoas erradas ao não convocá-lo para a Copa.

11- Vanderlei Luxemburgo
- O ano era o de 1995. O Flamengo
, em seu centenário, contratara Romário, então melhor jogador do mundo e campeão da Copa de 1994, para formar o "Melhor ataque do mundo" com Sávio e Edmundo. Vanderlei Luxemburgo, que vinha de cinco títulos em dois anos pelo Palmeiras, era o técnico da equipe carioca. Mas Luxemburgo e Romário não se entenderam, o que contribuiu para o fracasso do Flamengo naquele ano.

A série "ROMÁRIO É 11":
> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
> As onze camisas de Romário em mais de duas décadas
> As grandes polêmicas de um Baixinho
> Os parceiros marcantes de Romário
> Língua afiada de um frasista renomado
> As maiores vítimas de um artilheiro


Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 07/11/2011 às 11:11
Rio de Janeiro (RJ)

RECORDANDO: CEARÁ EM ARACATI!!!

RECORDANDO
- Década de 1960.

Ceará em Aracati num jogo contra a seleção local. A partir da esquerda (em pé): Paulo Tavares, Hélio, Artur, Joãozinho, Carlindo e Mauro Calixto. Na mesma ordem (agachados): Belo, Jorge Costa, ? , Edmar e Da Costa. Quem identifica o centroavante alvinegro? Edmar é treinador. Faz tempo não vejo Jorge Costa e Da Costa. (Colaboração de Téofilo Neto, defensor público).

Coluna Tom Barros
Diário do Nordeste
07/11/2011

* EU: "Esta equipe não é da década de 1960 e sim 1971 ou 1972. O Centroavante é o "TÉIA". Jorge Costa reside em Aracati e Da Costa em Fortaleza".

LG

domingo, 6 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! As maiores vítimas do Baixinho!!!

Romário é 11: Bota e Olaria foram as maiores vítimas
- Sexto capítulo da série do LANCENET! mostra as equipes que mais sofreram com o apetite insaciável do Baixinho

Botafogo e Olaria foram as vítimas preferidas de Romário atuando por Flamengo, Fluminense e Vasco (Fotos: Hipolito Pereira/Arquivo do jornal O Globo e Ari Ferreira/Lancepress)

Romário marcou 1002 gols em sua longa carreira. E o Baixinho tinha as suas "vítimas preferidas". Quando o camisa 11 enfrentava determinadas equipes, a certeza de que ele deixaria a sua marca era grande. O sexto capítulo da Série "Romário é 11" trata dos clubes que mais sofreram nas mãos, ou melhor nos pés de Romário.

1 - Botafogo - 34 gols
- O único clube grande do Rio de Janeiro em que Romário não atuou, foi justamente aquele em que ele mais marcou gols
. Com as camisas de Vasco, Flamengo e Fluminense, o Baixinho marcou 34 vezes diante do Alvinegro. O torcedor botafoguense não gosta nem de lembrar do Baixinho. No Campeonato Carioca de 2001, o camisa 11 marcou dois dos sete gols vascaínos na impiedosa goleada por 7 a 0. Já em 2003, pelo Fluminense, Romário fez três na goleada por 5 a 0. O jogo marcou a "despedida" do Baixinho, que assinara um contrato com o Al-Saad, da Arábia Saudita. E que despedida!

2 - Olaria - 34 gols
- O Olaria foi o clube em que o Baixinho deu os seus primeiros passos
, antes de se transferir para o Vasco. Como amador, Romário fez sete gols em seis jogos com a camisa do clube da Rua Bariri. Mas depois que se tornou profissional, o Baixinho não teve pena do Olaria: Foram 34 gols. Em 1996, pelo Flamengo, Romário fez cinco dos seis gols da goleada do Rubro-Negro por 6 a 2, no dia 31 de março.

3 - América - 31 gols
- O time pelo qual torcia Seu Edevair, o pai de Romário
, também sofreu com a sempre insaciável fome de gols do ex-atacante, que marcou 31 vezes contra o Mecão. E foi justamente contra o América, em 1979, quando ainda estava no infantil do Olaria, que Romário começou a sua trajetória de gols. Em 25 de novembro daquele ano, o Baixinho fez três dos cinco gols da vitória por 5 a 1. Mas esses gols não entram na vasta conta do Baixinho.

4 - Madureira - 24 gols
- O clube de Conselheiro Galvão foi outro que sofreu com Romário, que marcou 24 vezes contra o Madureira
. Em 2007, na corrida pelo milésimo gol, o ex-atacante fez três na goleada do Vasco por 4 a 1, no Campeonato Carioca. Depois daquela partida, o Baixinho ficou a cinco tentos de conquistar o seu grande objetivo.

5 - Fluminense - 23 gols
- Romário tardou a marcar o seu primeiro gol diante do Fluminense - isso aconteceu apenas em 1995
-, mas depois ele não parou mais. O Tricolor carioca, com 23 gols, é a quinta maior vítima do atacante. Na Copa João Havelange de 2000, vencida pelo Vasco, Romário marcou dois gols na emocionante vitória vascaína, por 4 a 3.

6 - Palmeiras - 22 gols
- Ah... o Palmeiras! A equipe paulista era uma das vítimas preferidas de Romário, que marcou 22 vezes
contra a equipe do Parque Antártica. Como esquecer da final da Copa Mercosul de 2000, quando o Vasco de Romário era derrotado por 3 a 0 e o Baixinho fez três dos quatro gols vascaínos?

7 - Volta Redonda - 20 gols
- O Volta Redonda foi um dos adversários preferidos do Baixinho no Campeonato Carioca. Romário fez 20 gols
diante do Voltaço. Em 2007, ele ficou a dez de alcançar o seu milésimo gol após fazer três dos seis gols da goleada do Vasco, por 6 a 1.

8 - Corinthians - 19 gols
- Romário não teve a oportunidade de atuar lá pelas bandas de São Paulo
, mas se destacava e muito quando enfrentava equipe paulistas. Além do Palmeiras, o Corinthians também sofreu contra o Baixinho. Foram 19 gols contra a equipe do Parque São Jorge. Na goleada do Flamengo por 3 a 0, no Rio São Paulo de 1999, Romário marcou um dos gols mais bonitos da sua carreira, após aplicar um elástico em Amaral... do Corinthians!

9 - Bangu - 18 gols
- O tradicional Bangu também sofreu com Romário, que fez 18 gols
contra a equipe carioca. Em 2002, pelo Rio-São Paulo, o camisa 11 marcou dois na goleada do Vasco, por 5 a 1. Após o seu segundo tento, o Baixinho fez gestos obscenos para parte da torcida vascaína.

10 - Americano - 18 gols
- O clube de Campos dos Goytacazes era um dos "preferidos" de Romário
. Com as camisas de Vasco, Flamengo e Botafogo, o Baixinho marcou 18 gols diante do Americano. Em 2000, pelo Vasco, Romário fez quatro de uma só vez na goleada por 6 a 0 do Vasco, no dia 25 de março.

11 - Flamengo - 18 gols
- Romário marcou 204 gols em 240 partidas
defendendo a camisa do Flamengo. Uma média de 0,85 gol/jogo. Mas o Baixinho também gostava de ter o Rubro-Negro como adversário. Foram 18 bolas nas redes do Flamengo com as camisas de Vasco e Fluminense. Em 2001, pelo Vasco, na final da Taça Guanabara, Romário fez três na goleada por 5 a 1.

A Série "ROMÁRIO É 11":
> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
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> As grandes polêmicas de um Baixinho
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Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 06/11/2011 às 11:11
Rio de Janeiro (RJ)

sábado, 5 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! Língua afiada de um frasista renomado!!!

Baixinho sempre foi famoso pelas tiradas polêmicas e originais

Se a língua de Romário é presa para pronunciar algumas palavras, ela é bem solta para ser instrumento de ataque do Baixinho, autor de frases que acabaram se tornando até folclóricas no meio do futebol.

Quem teria coragem de criticar Pelé, o Rei do Futebol?
- Romário.
Quem seria capaz de falar abertamente sobre sua preferência pela vida noturna?
- Romário.
Quem poderia dizer que era o cara e mostrar que realmente o era dentro de campo.
- A resposta se repete.

No quinto capítulo da série “Romário 11”, o LANCENET! relembra 11 das inúmeras frases inesquecíveis e irreverentes, que marcaram a vida de Romário.

"Agora a corte está toda feliz: o rei, o príncipe e o bobo"
- Rebatendo a declaração de Edmundo, que havia dito que Romário era o príncipe no reinado de Eurico Miranda, em 2000. Naquele dia, o Baixinho marcara dois gols na vitória sobe o Olaria e assumia a artilharia do Carioca.

"Quando eu nasci, papai do céu apontou o dedo e disse: esse é o cara"
- Frase dita após marcar o gol da vitória sobre o Corinthians, no Brasileiro-2003.

"O Pelé calado é um poeta. Ele só fala m... Ele tinha que colocar um sapato na boca"
- Esta foi em respota ao Rei do Futebol, em 2005, que tinha dito que Romário deveria parar de jogar.

"Zico perdeu as três Copas dele como jogador e uma como coordenador. É um perdedor nato"
- Frase dita em 2000, quando ainda era desafeto de Zico. Os craques fizeram as pazes em 2009.

"Ele entrou no ônibus agora e já quer sentar na janela"
- Romário disparou para o então inexperiente técnico do Flu, Alexandre Gama, que o havia barrado, em 2003.

"Eu não fumo, não bebo, não cheiro, não "dou" e não roubo; minha parada é mulher, todo mundo sabe disso"
- Comentando a predileção pelas noitadas.

"Se o Pelé fez gol pelo exército e até de terno e gravata quando demoliram estádio, por que os meus gols em amistosos não valem?"
- Justificando, em 2006, a contagem de alguns gols como amador na lista para chegar ao milésimo.

"Quem?"
- Após ser indagado sobre a declaração do atacante Afonso Alves, recém descoberto por Dunga para a Seleção, de que era um jogador preguiçoso.

"Túlio deveria cuidar da mulher porque tem ladrão lá na casa dele"
- Respondendo uma provocação de Túlio Maravilha, em 1996

"Messi primeiro tem que ser um Maradona e depois chegar a um Romário, depois a um Pelé"
- Em 2011, ao ser perguntado se o craque argentino tem condições de chegar a ser o melhor da História.

"Ninguém aqui tem razão para ficar triste. Todo mundo ganha bem e tem mulher bonita"
- Deixando de lado o ressentimento pela demissão de Vanderlei Luxemburgo da Seleção, em 2000.

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 05/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! As melhores parcerias do Baixinho!!!

Romário é 11: As melhores parcerias do Baixinho
- Quarto capítulo da série do LANCENET! trata daqueles que ajudaram o camisa 11 a marcar mais de mil gols na carreira

O quarto capítulo da série "Romário é 11" trata daqueles que mais ajudaram o Baixinho dentro de campo: os seus parceiros de ataque. Como esquecer das duplas com Bebeto e Ronaldo? Ou as parcerias com Euller no Vasco e com Stoichkov e Laudrup no Barcelona?

Os 11 parceiros mais importantes da carreira de Romário

1 - Bebeto


Bebeto foi escudeiro do Baixinho na Copa de 1994 (Foto: Reuters)

Romário e Bebeto formaram uma das melhores parcerias da História da Seleção Brasileira. Juntos, eles encerraram dois longos jejuns. Em 1989, após 40 anos, o Brasil conquistava a Copa América, diante do Uruguai, com gol de Romário. Já em 1994, nos Estados Unidos, o Brasil encerrava um jejum de 24 anos ao conquistar o tetra da Copa do Mundo. Foi neste Mundial que a dupla se consagrou. Com atuações memoráveis, Bebeto e Romário foram decisivos para a conquista brasileira. O Baixinho, eleito o melhor do Mundial, ganhou a Copa "sozinho" para muitos. Mas sem Bebeto, ele não teria conseguido.

A exemplo do Baixinho, Bebeto ingressou na carreira política. Ele é deputado estadual.

2 - Euller

Romário com Euller no treino do Vasco (Foto: Cleber Mendes

O Filho do Vento teve papel fundamental para Romário chegar ao seu milésimo gol. A dupla atuou no Vasco durante entre 2000 e 2002, período em que o Baixinho alcançou marcas expressivas. Foram 74 gols em 2000 - o seu recorde na carreira -, 45 em 2001 e 44 em 2002. Com eles em campo, o Vasco conquistou a Copa Mercosul de 2000 e a Copa João Havelange no mesmo ano.

O atacante, hoje aposentado, nunca escondeu a satisfação em ter contribuído com muitas assistências para Romário.

- A minha função sempre foi deixar o centroavante na cara do gol e fiz isso muito bem atuando com o Romário. É motivo de orgulho dizer que atuei ao lado de um jogador como ele, que me ajudou a chegar à Seleção Brasileira, um dos meus grande sonhos. Agradeço até hoje por ter tido essa honraria. Em troca, eu fiz dele ainda mais artilheiro com certeza - disse o Filho do Vento ao LANCENET!.

3 - Ronaldo

Ronaldo e Romário na Seleção (Foto: Reuters)

A dupla "Ro-Ro" rendeu dois títulos à Seleção Brasileira (Copa América e Copa das Confederações de 1997) e reunia as duas maiores estrelas do futebol brasileiro do momento. Romário e Ronaldo eram tidos como as grandes esperanças do Brasil para a Copa de 1998, na França, mas o Baixinho acabou cortado e não disputou o Mundial. Pela Seleção, a dupla conquistou 14 vitórias em 19 jogos. Ambos realizaram o seu jogo de despedida coma Amarelinha no Pacaembu. Romário em 2005 e Ronaldo neste ano.

4 - Edmundo

Romário e Edmundo sempre foram um capítulo à parte. Protagonizaram polêmicas de sobra, mas também bons momentos atuando juntos. Em 2000, pelo Vasco
, foram os líderes da equipe que chegaria à final do Mundial de Clubes daquele ano. A atuação da dupla diante do Manchester United não sai da cabaça dos torcedores vascaínos. Já no Flamengo, em 1995, e no Fluminense, em 2004, não tiveram tanto destaque. Edmundo se aposentou em 2008 e hoje é comentarista esportivo.

5 - Hristo Stoichkov

O temperamental craque búlgaro foi parceiro de Romário tanto dentro, quanto fora de campo,
já que possuía um gênio semelhante ao do Baixinho. Pouco tempo depois de Romário chegar ao Barcelona, em 1993, se tornaram amigos e tiveram atuações memoráveis juntos. Conquistaram o Campeonato Espanhol de 1994 e o vice da Liga dos Campeões da Europa de 1994/1995. O búlgaro se aposentou em 2004.

6 - Michael Laudrup

O craque dinamarquês atuou com Romário no Barcelona em 1993 e 1994. Para o Baixinho, Laudrup foi o jogador mais genial com o qual já teve a oportunidade de atuar. Laudrup,
um dos três atacantes da equipe de Johan Cruyff, deixou o Barça no ano seguinte, assim como Romário. O atacante se aposentou em 2004. Como técnico, seu último trabalho foi no Mallorca.

7 - Roberto Dinamite

Quando Romário dava os seus primeiros passos como jogador profissional, Roberto Dinamite,
hoje presidente do Vasco, já era um jogador mais do que consagrado. Foi ao lado dele, no Vasco, que o Baixinho pôde aprender muito. E como aprendeu! Romário foi artilheiro do Campeonato Carioca em 1986 e 1987 e levou dois títulos ao lado de Dinamite: o Carioca de 1987 e 1988.

8 - Sávio

Sávio, Edmundo e Romário formaram, no Flamengo, em 1995, o "Melhor ataque do Mundo", já que o Baixinho acabara de ser campeão do Mundo com a Seleção e vinha de uma
temporada fantástica com a camisa do Barcelona. Mas o resultado não viria naquele ano. Em 1996, já sem Edmundo, o Baixinho teve boas atuações ao lado de Sávio, apesar de nunca terem sido grandes amigos, e conquistaram o Campeonato Carioca de 1996 de forma invicta. A dupla também levou a Copa Ouro para casa naquele ano.

9 - Alex Dias

Foi tendo Alex Dias ao seu lado que Romário se tornou o artilheiro mais velho da História do Campeonato Brasileiro
e voltou a ter boas atuações. Em 2005, aos 39 anos de idade, o Baixinho marcou 22 gols e conquistou a sua segunda artilharia da competição. A primeira havia sido em 2001, também pelo Vasco. Além de servir Romário com qualidade, Alex Dias também se destacou ao marcar 19 vezes naquele brasileirão.

10 - Roni

Roni não foi um dos mais parceiros mais badalados que Romário
teve ao seu lado. Mas foi ao lado do atacante, que atualmente defende o Vila Nova, que o Baixinho marcou 29 dos seus 48 gols pelo Fluminense.

11 - André Dias

André Dias abraça Romário após o milésimo (Foto: Cleber Mendes)

André Dias teve uma passagem de pouco brilho pelo Vasco, mas algo ele não esquecerá jamais, já que foi o primeiro jogador a felicitar Romário, quando o Baixinho marcou o milésimo gol de sua carreira. Companheiro de ataque do eterno camisa 11 naquele 20 de maio de 2007, o atacante marcou duas vezes na vitória do Vasco diante do Sport, por 3 a 1.

- Fui o primeiro a abraçar o Romário após o milésimo gol. Tive de dar um beijo naquela careca (risos). Foi um momento indescritível, tanto pelo lado pessoal, já que o Romário é um ídolo de todo o Brasil, quanto pelo profissional, já que ter atuado ao lado dele foi muito importante para a minha carreira, apesar de ter sido por pouco tempo. Isso eu não esquecerei jamais. Jamais poderia ter imaginado que um dia eu teria uma emoção como aquela - recordou o atacante, que está sem clube após ter deixado o América-MG, ao LANCENET!.

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 04/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! As grandes polêmicas do Baixinho!!!

Romário é 11: As grandes polêmicas de um Baixinho
- Polêmico assumido, Romário não leva desaforo para o vestiário

Romário preso por um dia por não pagar pensão (Gilvan de Souza)

Falar em Romário é falar de polêmica. O Baixinho nunca fugiu da raia e protagonizou episódios e embates que ficarão na memória. Brigas, discussões, choro, ranger de dentes e até cadeia. Tem tudo isso no pacote. O terceiro capítulo da série “Romário é 11” relembra apenas 11 polêmicas envolvendo o Baixinho.

- Não tem nenhuma que tenha me marcado muito individualmente. Mas posso dizer que todas essas experiências me fizeram aprender muito – disse o Baixinho ao LANCENET!.

1 - Edmundo

Parecia até que eram irmãos. Romário e Edmundo
, muito parecidos no estilo impetuoso, viveram uma relação de extremos. Era amor ou ódio. Calmaria não era com eles. Quando se juntaram para formar o “melhor ataque do mundo”, os dois se entendiam por música (por rap, para ser mais preciso). Só que com a sequência de maus resultados e as regalias que a diretoria do Fla dava ao Baixinho, Edmundo passou a não guardar tanto carinho pelo companheiro de ataque. O clima azedou de vez. Sobrou para Edmundo, que deixou o clube no ano seguinte.

Os "Bad Boys"

O reencontro foi no Vasco, em 2000, dirigidos por Abel Bra
ga. A torcida vascaína ia ao delírio ao ver os dois comemorando juntos o sucesso do time no Mundial. Mas a briga pela braçadeira de capitão começou a esquentar o clima. Edmundo errou o pênalti decisivo na final e também mandou para longe a chance de reconciliação plena.

O ápice da discórdia pegou fogo quando Edmundo quis bater um pênalti contra o Bangu, em São Januário, pelo Carioca, mas Romário não deixou e bateu na trave. Edmundo, na saída da partida, diz que o então presidente Eurico Miranda era o rei e Romário, o príncipe. No jogo contra o Olaria, quando fez um gol e assumiu a artilharia do Carioca, Romário deu o troco:

- A corte toda agora está feliz. O rei, o príncipe e o bobo.

Atualmente,
a relação dos dois é bem cordial. Quando o Animal foi preso, em junho, Romário deu força ao ex-companheiro pelo Twitter.

2 - Pelé

Romário sempre reverenciou o que Pelé
fez dentro de campo. Mas fora dele, o Baixinho nunca escondeu que não tem muita simpatia pelo Rei. O ápice da crise foi em 2005, quando Pelé disse que Romário já deveria se aposentar. A resposta foi com a famosa declaração: “Pelé calado é um poeta”.

A busca pelo milésimo gol também tem sido motivo de troca de rusgas entre os dois até hoje. Pouco antes de chegar à marca, o Baixinho disse que Pelé contou gol até contra time do exército. Neste mês, com Romário em Guadalajara para cobrir o Pan, o Rei do futebol devolveu:

- Até no futevôlei ele conta gol, nunca vi!

3 - Mulheres e as noitadas

Romário nunca escondeu a preferência pela vida noturna
. Apesar disso, ele jura de pés juntos que não bebe nem fuma. Com relação às mulheres, o Baixinho dá o braço a torcer. Ele admite que é o ponto fraco (ou forte, né?). De fuga das concentrações, inclusive pela Seleção, a sexo no vestiário do Maracanã.

Uma delas desencadeou uma briga com o presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, e sacramentou a dispensa do jogador do Flamengo, em 1999. A “Festa da Uva” aconteceu quando ele resolveu aproveitar a noite de Caxias do Sul, após o Fla perder para o Juventude no Brasileirão. Se o Baixinho tem mil gols, ele já deve ter muito mais de 1001 noites de diversão pelo mundo.

4 - Zico e Zagallo no banheiro

Romário e Zico fazem as pazes, após 11 anos de rusgas (Foto: Gilvan de Souza)

Ressentido pelo corte às vésperas da Copa-98, Romário resolveu "homenagear" o então técnico da Seleção, Zagallo, e o coordenador técnico Zico. O Baixinho mandou pintar caricaturas da dupla na porta do banheiro de sua boate, na Barra da Tiuca, Zona Oeste do Rio. Só que a travessura rendeu a Romário um processo na Justiça e a condenação de R$ 380 mil de multa ao Velho Lobo.

Mas o tempo curou as mágoas. Com relação ao Galinho, a paz foi selada em um jogo beneficente no final de 2009.

5 - Brigas em campo

Romário nunca levou desaforo para o vestiário
. A baixa estatura não foi fator inibidor para que ele entrasse em briga. No Barcelona, deu um soco no argentino Simeone, foi expulso e pegou cinco jogos de suspensão.

Duas marcaram na época de Flamengo. A primeira delas foi em 1995, contra o Vélez, pela Supercopa dos Campeões. Romário foi defender o amigo Edmundo, que havia sido agredido pelo zagueiro Zandona, e deu uma voadora que ficou para a História. A segunda, em 1997, foi na Gávea, em um amistoso contra o Madureira. O Fla já vencia por 7 a 0, mas o Baixinho se engalfinhou com o lateral Cafezinho. Segundo o próprio Romário, "a briga foi boa porque os dois eram do mesmo tamanho".

A tarde de 15 de setembro de 2002 não seria uma qualquer para Romário, Fluminense e para o zagueiro Andrei. O time então dirigido pelo “peixe” Renato Gaúcho levou um sacode do São Paulo no Morumbi: 6 a 0 (com eco!).

Mas o placar ainda estava 0 a 0 quando o lance que marcaria a partida aconteceu. Andrei falhou na marcação e Romário foi tirar satisfação com ele. Não teve nem conversa. O camisa 11 deu um tapa no zagueirão, que ficou sem reação. A partir daí a porteira abriu para o desfile de gols são-paulinos. Andrei perdoou o Baixinho, mas o STJD não. Romário foi punido com um jogo de gancho.

6 - Brigas com torcedores
Um dos maiores escândalos da carreira de Romário teve as Laranjeiras como palco. Em 2003, o Baixinho
se indignou com os xingamentos de um torcedor, que chegou a jogar uma galinha no gramado, e partiu para o pega pra capá. O torcedor levou a pior e a polícia chegou a ser chamada para conter a confusão. O dono da galinha registrou boletim de ocorrência, mas ficou por isso mesmo. Ou melhor, Romário se inspirou e no dia seguinte marcou o gol da vitória do Flu sobre o Corinthians.

Romário não chegou a sair no tapa com os torcedores vascaínos, mas chegou a fazer gestos obscenos ao comemorar um gol, na vitória por 2 a 1 sobre o Universidad Católica (CHI), pela Mercosul-2001. Ele repetiria a dose em 2002, na goleada por 5 a 1 sobre o Bangu, pelo Rio-São Paulo.

7 – Cortes

Todo mundo se lembra do corte da Copa de 1998, na França, quando Romário
sofreu uma lesão na panturrilha quando defendia o Flamengo contra o Friburguense e ficou fora do Mundial. Muito contrariado, por sinal. Mas o primeiro corte da Seleção Brasileira foi muito antes, ainda nos tempos de juniores (sub-20).

O ano era 1985 e um Romário com 19 anos já aprontava. O técnico Gilson Nunes resolveu não leva-lo para o Mundial da categoria naquele ano porque o Baixinho, acompanhado de Denílson e Müller, estava mexendo com as donzelas que passavam pela calçada em frente à concentração brasileira. Acabou que Romário foi cortado sozinho.

Em 2002, o corte não foi oficial, já que Romário nem chegou a ser chamado por Felipão à medida que a Copa se aproximava. O Baixinho chorou, convocou coletiva, pediu desculpas, mas não teve jeito. A “Família Scolari” não teve espaço para Romário. O Brasil foi penta sem ele. Fato que o Baixinho lamenta até hoje. O Baixinho teria feito sexo com a aeromoça antes da partida contra o Uruguai, em Montevidéu, e isso teria deixado Felipão irado. Romário nega até hoje.

8 - Romário x treinos

Treinar: a grande discórdia entre Romário
e os treinadores pelos clubes por onde passou. O Baixinho sem foi adepto do lema: “Treinar para que?”. Foi assim que ele arrumou confusão no Valencia, da Espanha e acabou perdendo espaço.

O freio de mão puxado nos treinamentos começou pra valer depois que foi melhor do mundo, em 1994. Cruyff foi a primeira vítima das tentativas de barganha do Baixinho, que prometia – e cumpria – um caminhão de gols nos jogos em troca de folguinhas extras.

No Flamengo, as regalias trouxeram problemas com Vanderlei Luxemburgo, que “já pensava que era o melhor técnico do mundo”, como disse o próprio Romário. Luxa perdeu a queda de braço e foi demitido. A briga com os treinadores para pegar leve no treino só acabou quando ele mesmo foi seu treinador, do fim de 2007 ao início de 2008, no Vasco. Se pudesse, Romário assinaria a Lei Áurea dos treinos.

9 - Doping

Romário chora ao ser absolvido pelo STJD no caso de doping (Reprodução)

A idade chegou e os cabelos começaram a cair. Romário, já com mil gols, apostou nos remédios para conter a calvície, mas ele não contava que os produtos pudessem conter substâncias proibidas. A finasterida fez com que o Baixinho fosse condenado por 120 dias de suspensão. Flagrado no final de 2007, Romário, no entanto, acabou sendo inocentado por unanimidade pelo Pleno do STJD, que o liberou em fevereiro de 2008.

10 – Prisão

Em julho de 2009, Romário passou uma noite na prisão por não ter pagado a pensão alimentícia dos filhos, Moniquinha e Romarinho, ambos tidos com Monica Santoro. Romário
admitiu que o episódio prejudicou sua relação com os filhos, na época com 19 e 15 anos, respectivamente.

11 - Ricardo Teixeira

Romário foi parceiro do presidente da CBF
na campanha para trazer a Copa-2014 para Brasil. Mas o tempo passou, o Baixinho se elegeu deputado e virou uma das figuras que mais cobra de Teixeira as explicações por conta das denúncias de corrupção. Romário foi deixado de lado da organização da Copa. Nem no sorteio dos grupos compareceu.

O Baixinho virou amigo do jornalista Andrew Jennings, que revelou o esquema de recebimento de propina em que Teixeira está supostamente envolvido, através da Sanud. A Fifa também passou a ser alvo do parlamentar.

Romário ainda diz que foi traído por Teixeira, de quem teria recebido garantia de que jogaria a Copa-2002. Pelo visto, o rancor não é de hoje...

Igor Siqueira
Luiz Signor
Publicada em 03/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! As 11 Camisas do Baixinho!!!

Romário é 11: As 11 camisas do Baixinho na carreira
- Relembre a trajetória de Romário em mais de duas décadas

Romário viveu intensamente o amor por cada camisa que vestiu. Foi eterno enquanto durou. A indiferença não fez parte da realidade do Baixinho no futebol. O cara da camisa 11 vestiu 11 camisas, incluindo uma certa amarelinha, nos 23 anos de carreira profissional (24, se contarmos 2009, quando fez um jogo pelo América-RJ). É sobre elas que o segundo capítulo da série "Romário 11" vai falar.

- Só joguei onde eu quis. Não fui pra nenhum lugar obrigado - contou o Baixinho, ao LANCENET!.

Nascido na comunidade do Jacarezinho – ou melhor, como o próprio gosta de dizer, favela -, o menino Romário deu os primeiros chutes no Estrelinha, clube da Vila da Penha, na Zona Norte do Rio, onde morou desde os 3 anos (deve ter sido ali que ele cavou seu primeiro pênalti também). Seu Edevair, pai do jogador e fundador do Estrelinha, foi o grande incentivador do menino, em uma época de dificuldades.

- Às vezes não tinha dinheiro para ir treinar com meu irmão. Como eu jogava mais, meu pai me dava a passagem e meu irmão ficava em casa - conta Romário, com um sorriso no rosto ao lembrar do esforço que a família fez para que ele continuasse nos treinos.

1 - VASCO – Primeiro Amor

Romário teve muitas alegrias jogando pelo Vasco (Foto: Ralff Geabra)

Quando Romário foi para o infantil Olaria, em 1979, a relação com o futebol passou a ficar mais séria. A genialidade já se destacava no garoto, que logo foi parar no Vasco, em 1981. Foram quatro anos até o técnico Edu Coimbra, irmão de um certo craque que brilhava no rival, relacionar Romário para enfrentar o Coritiba pelo Brasileirão de 1985. O Baixinho entrou no segundo tempo e logo de cara teve a chance de compor o ataque vascaíno com ninguém menos que Roberto Dinamite.

FICHA TÉCNICA DA ESTREIA DE ROMÁRIO
Local: Estádio São Januário, Rio De Janeiro (RJ)
Data: 6/2/1985

VASCO 3 X 0 CORITIBA
Gols:
"Roberto Dinamite 6’/1ºT (1-0), 40’/1ºT (2-0) e Vítor, 44’/2ºT (3-0)"

Árbitro: Carlos Sérgio Rosa Martins
Auxiliares: Paulo Sérgio Pinto e Ricardo Muller
Renda: Cr$ 33.895.000,00 / Público : 6.137
Cartões vermelhos: Ivan (VAS) e Lela (CTB);

VASCO: Acácio, Edevaldo, Nenê, Ivan, Aírton, Vítor, Geovani, Cláudio Adão, Mário Tilico (Romário), Roberto Dinamite e Rômulo (Donato).
- Técnico: Edu Antunes Coimbra.

CORITIBA: Rafael, André, Vavá, Gardel, Dida, Marildo, Tobi (Heraldo), Paulinho (Eliseu), Lela, Índio e Édson.
- Técnico: Dino Sani
.

O primeiro gol só viria em 18 agosto, contra o Nova Venécia (ES), mas não demorou a deslanchar, já que foi vice-artilheiro do Carioca daquele ano. A relação com o Time da Colina, pelo qual marcou o milésimo gol, é a mais próxima que Romário tem. Depois da passagem inicial da carreira, de 1985 a 1988, o Baixinho retornaria ao mais três vezes (2000-02, 2005-06 e 2007-08), além de iniciar a carreira de técnico, que futuramente seria trocada pela de deputado.

2 - PSV – Avassalador

Romário em ação pelo PSV contra o Steaua Bucareste (Foto:Site Oficial/PSV)

Romário já não era mais uma aposta no Vasco e teve participação importante na conquista do bi nos Cariocas de 1987 e 1988, além de ter sido chamado para a Seleção Brasileira medalha de prata na Olimpíada de Seul-88. Tudo isso teve um preço: a cobiça dos holandeses do PSV, na época detentores da Copa dos Campeões da Europa, que o contrataram em julho de 1988, por US$ 5 milhões, maior valor para que um jogador deixasse o Brasil até então. O investimento funcionou. Desde o craque Johann Cruyff que os holandeses não viam tamanha genialidade. Romário foi o melhor jogador da Eredivisie, o campeonato nacional, nas três primeiras temporadas. Sucesso.

Nem tudo foram flores, já que em 1993, ano de despedida de Romário do PSV, o time não ganhou nada. Mas isso não apagou o que ele fizera anteriormente. Tanto que o respeito que os holandeses têm pelo Baixinho rendeu duas salas em homenagem ao brasileiro no estádio do clube, o Phillips Stadium. Uma coisa natural, se não fosse pelo fato de o clube não ter um museu, mas ter reservado um local de reverência ao camisa 11.

PSV DE ROMÁRIO (1988/89): Lodewijks, Gerets, Valckx, R. Koeman e Veldman; Van Aerle, Lerby e Vanenburg; Romario, Gillhaus, Janssen. Técnico: Guss Hiddink.

3 - BARCELONA – “Matador de Porteros”

Que esquadrão! Um timaço! Não era a 11, mas a camisa do Barça combinou muito bem com Romário
. Com tanto craque junto, até no banco, não seria difícil. Pobre Real Madrid, que sofreu nas mãos, ou melhor, nos pés dessa turma campeã do Espanhol na temporada 1993-1994.

Romário fez gols de tudo quanto foi jeito nesse time do futebol total de Cruyff. Lá, virou o “Matador de Porteros” (matador de goleiros). As atuações impediram que Parreira o deixasse de lado na Seleção que iria aos Estados Unidos na Copa de 1994. Todo mundo já sabe o que essa história rendeu.

BARCELONA DE ROMÁRIO: Zubizarreta, Ferrer, Koeman e Goykoetchea; Guardiola, Amor, Nadal e Sergi; Laudrup, Stoitchkov e Romário.
- Técnico: Johan Cruyff


4 - FLAMENGO - Popstar

Romário chegou ao Flamengo em 1995, para o "melhor ataque do mundo" (Foto: Hipólito Pereira/O Globo)

Melhor ataque do mundo: Sávio, Romário Edmundo. A rima é boa, mas o futebol não emplacou. Na primeira passagem de Romário – na época o melhor jogador do mundo, segundo a Fifa – pela Gávea, muita badalação e pouco futebol.

A relação com o Flamengo e sua torcida se consolidou com o passar dos anos. A ida ao Maracanã com Romário no time era certeza de gols, ainda que o Fla não saísse de campo com a vitória. Ah, o Maracanã. Pelo Rubro-Negro, Romário fez do estádio o seu palco preferido. Conhecia cada centímetro das grandes áreas e sabia o caminho do gol mesmo se estivesse de olho fechado (ou de bandana!).

Entre idas e vindas à Espanha, foram cinco anos de Flamengo. A despedida, em 1999 – mesmo com os títulos Carioca e da Mercosul -, foi turbulenta, ao término do Brasileiro. Mas a torcida do Fla jamais se esquecerá dos momentos de alegria que Romário proporcionou, graças à enxurrada de gols do Baixinho.

5 - VALENCIA – Intrigas

Romário não teve muita sorte com a camisa do Valencia, para onde foi por empréstimo em 1996 e em 1997
. A relação que teve com os técnicos nas duas passagens que teve na Espanha: Luís Aragonés e Claudio Ranieri. Estava infeliz com o ritmo de treinos, virou reserva. Aí voltou ao Flamengo.

6 - FLUMINENSE – Altos e baixos

Baixinho teve muitas polêmicas no Fluminense (Foto: Ari Ferreira)

Com a camisa do Tricolor das Laranjeiras, a passagem de Romário foi um tanto quanto instável. Se o Flu protagonizou atuações inesquecíveis em 2002, como o 5 a 1 sobre o Cruzeiro na estreia do Baixinho, o time teve apagões que custaram caro, como no 6 a 0 sofrido diante do São Paulo. Partida em que Romário agrediu o zagueiro Andrei, companheiro de time. Os títulos não vieram.

Ao mesmo tempo em que Romário foi lembrado pela agressão ao torcedor na arquibancada das Laranjeiras, ele conseguiu no Flu seu único gol de bicicleta. Foi uma relação de extremos. Ficou no clube de 2002 a 2004, com um hiato para ir ganhar dinheiro no Qatar. Deixou o Flu no ano em que o clube contratou medalhões, como Edmundo, Felipe e Petkovic.

FLUMINENSE DE ROMÁRIO (2002): Murilo, Flávio, César, Zé Carlos e Marquinhos; Marcão, Beto, Fabinho e Fernando Diniz; Romário e Magno Alves.
- Técnico: Robertinho.


7 - AL-SADD – Petrodólares

Romário foi jogar no Qatar
por um contrato milionário. O Baixinho ganhou US$ 1,7 milhão para atuar por 100 dias no Al Sadd. Ele jogou apenas um jogo, não fez nenhum gol e teve de esperar os 100 dias para voltar ao Brasil. A experiência com a camisa do petrodólar não foi das melhores... e ele voltou ao Flu.

8 - MIAMI FC – Aventureiro

Sem clima com a torcida do Vasco
e com companheiros que não aceitavam algumas regalias, Romário descobriu a América em 2006, 504 anos depois de Cristóvão Colombo. Em uma “Segunda Divisão” dos Estados Unidos, marcou 19 gols, mas não classificou o time para a fase final da competição. Chegou a ser treinado pelo companheiro de tetra, Zinho.

Romário se apresentou no Tupi, mas não jogou (Foto: Paulo Wrencher)

9 - ADELAIDE UNITED – Alternativa

Ainda em 2006, diante da tentativa frustrada de jogar no Tupi
, onde foi apresentado, mas não pôde jogar porque a transferência se deu fora da época permitida pela CBF, a solução foi desbravar o futebol australiano.

10 - AMÉRICA-RJ - Homenagem

O sonho do pai de Romário, Seu Edevair
, era ver o filho atuando pelo América, seu time do coração. O Baixinho sempre disse que cumpriria a promessa feita ao pai. Mas, para a tristeza do camisa 11, o projeto só se concretizou após a morte do pai. Foi apenas um jogo. Mas foi com muita emoção que Romário homenageou seu mentor, a quem amava.

11 - SELEÇÃO BRASILEIRA – Paixão maior

O choro na despedida da Seleção Brasileira (Foto: Ari Ferreira)

A camisa preferida de Romário. Pela Seleção, ele alcançou a glória máxima na carreira, que foi a Copa de 1994. A relação começou cedo, com ele sendo convocado para o time sub-20, em 85, mas acabaria sendo cortado do Mundial (cenas dos próximos capítulos). A Copa de 90 foi um ponto baixo, sendo reserva de Müller. Mas as glórias dos anos seguintes o elevaram ao status de um dos maiores da História.

BRASIL NA FINAL DA COPA-1994: Taffarel, Jorginho (Cafu), Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho (Viola); Bebeto e Romário.
- Técnico: Carlos Alberto Parreira


O problema para Romário foi que, a não ser em 1994, não teve sorte nas épocas de Copa. Foi cortado às vésperas da competição em 1998, contundido. Deixou a França chorando. Quatro anos depois, não teve apelo que fizesse Felipão se convencer a convocá-lo e o Brasil foi penta sem ele. Fez sua despedida contra a Guatemala, em 2005, no Pacaembu. Marcou um dos gols na vitória por 3 a 0. Chorando, deu adeus à camisa que mais amou na carreira.

BRASIL NA DESPEDIDA DE ROMÁRIO: Marcos (Rogério Ceni); Cicinho (Gabriel), Fabiano Eller (Gláuber), Ânderson e Léo; Mineiro, Magrão (Marcinho), Ricardinho e Carlos Alberto; Romário (Grafite) e Robinho (Fred).
- Técnico: Carlos Alberto Parreira


Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 02/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)